A empresa alemã Siemens e a construtora de comboios canadiana Bombardier estão em conversações para uma eventual fusão das suas unidades que operam no sector da construcção de comboios. De acordo com uma notícia avançada esta quarta-feira, 29 de Julho, pelo Wall Street Journal, que cita fontes anónimas envolvidas no processo negocial, as conversações entre estas duas das maiores construtoras mundiais de comboios estão ainda numa fase inicial e longe de um hipotético acordo final.

Aquela publicação norte-americana adianta ainda que a Bombardier estará também em negociações paralelas com outros parceiros. A construtora de comboios sediada no Canadá está também, nesta altura, a tentar alienar a posição minoritária de uma unidade de transportes sediada em Berlim, processo que pretende concluir até ao final deste ano.

Um analista do JPMorgan citado pelo Wall Street Journal explica que a Bombardier pretende assegurar "dinheiro e consolidar" o seu negócio. O objectivo passa por ganhar dimensão para assegurar melhores condições de concorrência face à grande companhia chinesa que resultou da fusão da CSR e da China CNR, ambas chinesas.

As receitas da unidade de comboios da Siemens são cerca de um terço mais pequenas que as da Bombardier. A unidade de transportes da empresa canadiana obteve receitas de 9,6 mil milhões de dólares (perto de 8,7 mil milhões de euros) em 2014, sendo que a unidade homóloga da Siemens se ficou por receitas de 7,2 mil milhões de dólares (cerca de 6,5 mil milhões de euros) no ano passado.

As acções da Siemens transaccionadas em Berlim estão a cair, nesta quarta-feira, 0,22% para 91,89 euros. Já os títulos da Bombardier, cotados no Canadá, onde as bolsas ainda não abriram, encerraram a sessão de ontem a avançar 2,25% para 1,82 dólares canadianos.