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Rolls-Royce desce a mínimo de 17 anos com plano de angariar 3,2 mil milhões
As ações da empresa britânica já chegaram a cair 9,1% depois de esta ter admitido a intenção de angariação deste volume de capital.
A Rolls-Royce caiu para um mínimo de 17 anos depois de revelar o plano que tem para angariar 2,5 mil milhões de libras – 2,7 mil milhões de euros – por forma a combater a grande quebra nas encomendas de motores para aeronaves.
Depois de ter confirmado as suas intenções de financiamento, que foram noticiadas pelo Financial Times e estão acima do inicialmente veiculado, as ações da empresa britânica já chegaram a cair 9,1%
A britânica Rolls-Royce foi severamente atingida pela pandemia e teve um prejuízo, no primeiro semestre deste ano, de 5,4 mil milhões de libras – o correspondente a 6 mil milhões de euros. Esta foi uma quebra recorde para o grupo, que anunciou na altura querer angariar 2 mil milhões de libras.
A Rolls-Royce já perdeu mais de três quartos do respetivo valor desde janeiro, arrastada na corrente de perda de valor que foi espoletada em todo o setor no contexto de pandemia. O segmento de viagens de longo curso foi aquele que mais mossa provocou na empresa, dado que eliminou praticamente a procura pelos aviões para os quais a Rolls Royce fabrica motores e dos quais trata da manutenção, outra fonte de receita vital.
Além da Rolls-Royce, também as fabricantes Airbus, Leonardo e AirFrance-KLM viram um abalo nos respetivos títulos acionistas. O líder desta última companhia já avisou que poderão ser precisos mais cortes na despesa agora que a procura por viagens deverá cair, após a época alta.
Em maio, a fabricante britânica de motores para aviões já havia anunciado que iria 17% da sua força de trabalho, o equivalente a 9.000 trabalhadores, depois de nos últimos cinco anos já ter eliminado um total de 10 mil empregos.