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PSD questiona Governo quanto às remunerações dos membros da administração da TAP

Numa altura em que a TAP atravessa uma crise sem precedentes são anunciados aumentos salariais para três membros da administração. O Governo permanece em silêncio quanto a esta problemática e PSD pede explicações.

As receitas operacionais da TAP, que em 2019 foram de 3,3 mil milhões de euros, vão diminuir este ano para cerca de mil milhões.
Miguel Baltazar
29 de Dezembro de 2020 às 15:15
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Depois de ter sido anunciado esta segunda-feira (dia 28 de dezembro) que os três administradores da TAP passariam a auferir quase o dobro dos seus atuais rendimentos, o PSD questionou o Governo quanto a estas subidas, aos valores em causa e à viabilidade da proposta.

Numa altura em que a companhia aérea portuguesa atravessa uma crise sem precedentes e se encontra na iminência de realizar o maior despedimento coletivo público de que há memória, são anunciados diversos aumentos que geram controvérsia.

O próprio CEO interino, Ramiro Sequeira, segundo as informações divulgadas, beneficia de um aumento superior a 100%, passando desta forma a auferir 500 mil euros anuais.

O PSD contesta estes aumentos e pede uma explicação ao Governo de António Costa. "Não será deste modo que se encontra a paz social na empresa e se criam as condições para que qualquer plano seja coroado de êxito. Não será deste modo, manchando a reputação da empresa e descredibilizando-a perante Bruxelas, decidindo em sentido oposto ao que está inscrito no plano de reestruturação para os demais trabalhadores, que se negoceia com a Comissão Europeia em condições adequadas", reforça o partido num comunicado.

"O Governo ainda não deu - e as suas decisões não apontam nesse sentido - quaisquer garantias que o dinheiro que se coloca na TAP será bem empregue e que a empresa não continue a ser o que foi até aqui em termos de prejuízos e insustentabilidade", realçam os deputados do partido de Rui Rio.

Também os bloquistas já contestaram, através de uma questão enviada ao Ministério das Infraestruturas e Habitação, esta proposta e pedem ao Governo e a Pedro Nuno Santos que revelem se deram, ou não, o seu aval e se se encontram disponíveis para rever esta decisão.

Estes aumentos carecem ainda de explicação por parte do Governo português, que até à data se manteve silêncio e ainda não deu a conhecer o plano de reestruturação que será objeto de negociação em Bruxelas.

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