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Portuguesa Miio expande-se para quatro novos países europeus durante o verão

Com o lançamento da campanha "Borderless", a empresa irá testar durante quatro meses - entre junho e setembro - a utilização da sua aplicação móvel de carregamentos de veículos elétricos na Alemanha, Itália, Bélgica e Países baixos. 

Adriano Machado/Reuters
24 de Junho de 2024 às 11:00
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A tecnológica portuguesa para a mobilidade elétrica Miio, que recentemente foi comprada pela Repsol, anunciou esta segunda-feira o início da sua atividade em quatro novos países europeus. Com o lançamento da campanha "Borderless", a empresa irá testar durante quatro meses - entre junho e setembro - a utilização  da sua aplicação móvel de carregamentos de veículos elétricos na Alemanha, Itália, Bélgica e Países Baixos. 

"O sucesso da campanha poderá determinar a permanência da empresa nestes mercados, a partir de outubro deste ano", referiu a Miio em comunicado. 

Esta campanha abrange mais de 247 mil novos postos de carregamento nestes quatro mercados europeus. A Miio sublinha o objetivo de "proporcionar uma experiência de mobilidade elétrica sem fronteiras, promovendo a conveniência para os utilizadores que viajam durante as suas férias de verão".

"A iniciativa surge num momento em que cada vez mais portugueses optam por viajar para o estrangeiro com os seus carros elétricos, refletindo a crescente confiança na mobilidade elétrica e na robustez da rede de carregamentos", refere a empresa no mesmo comunicado. 

Desde o início de 2024 que a Miio tem registado um número crescente de sessões de carregamento em Espanha e em França por parte de utilizadores portugueses. A Miio deu os seus primeiros passos na internacionalização em 2022 com a entrada nos mercados espanhol e francês.  Atualmente, conta com mais de 280 mil utilizadores registados nos três países, uma comunidade que representa cerca de 70% do mercado português de utilizadores de veículos elétricos e plug-in.

Com o final da campanha "Borderless", em outubro, a empresa vai então utilizar as várias métricas analisadas para decidir os passos seguintes da internacionalização para novos mercados.

"Decidimos expandir os nossos horizontes ao permitir que os nossos utilizadores possam viajar, durante o verão, apenas com uma solução de carregamentos. Esta campanha também permitirá à Miio tomar decisões informadas no seu plano de futura internacionalização", explica Daniela Simões, CEO e co-fundadora da Miio.

Expansão europeia aguarda "luz verde" da acionista maioritária Repsol


Em fevereiro a energética espanhola Repsol anunciou a aquisição de uma participação maioritária da startup portuguesa Miio, fundada em 2019 e que integra desde julho de 2022 o portefólio da Portugal Ventures, sociedade de capital de risco do grupo do Banco Português de Fomento. 

Até à data, a empresa tem mais de 1.800 pontos de carregamento instalados nos dois países e é líder em pontos de carregamento rápido em estações de serviço. A Repsol dispõe de pontos de carregamento elétrico rápidos e ultrarrápidos, em estações de serviço, nos principais corredores da Península Ibérica, com ligações compatíveis com qualquer tipo de veículo elétrico. 

Para a Miio, a parceria com a espanhola "é um marco que celebra não só o nosso crescimento, mas também a visão partilhada de inovação e sustentabilidade. Ampliamos, assim, as nossas capacidades para aprofundar a internacionalização e enriquecer ainda mais o portfólio dos produtos Miio. Esta colaboração é uma alavanca que nos ajudará a impulsionar a mobilidade elétrica e a fortalecer a nossa trajetória de independência e inovação", afirma Daniela Simões, CEO e Co-fundadora da Miio.

Por seu lado, a Portugal Ventures sublinha que a Miio se posiona atualmente como um dos principais "players" da mobilidade elétrica em Portugal. "Através do nosso investimento conseguimos garantir à equipa da Miio os meios financeiros necessários e o knowhow que permitiu à empresa alcançar vários objetivos, resultando no reconhecimento da Repsol e a respetiva aquisição maioritária, o que irá permitir a internacionalização e potenciar o desenvolvimento do produto da Miio", disse Teresa Fiúza, vice-presidente da Portugal Ventures. 

Apesar da compra pela Repsol, Daniela Simões, fundadora e CEO da Miio, garantiu em declarações ao Negócios que uma das condições para este negócio acontecer foi a empresa continuar a ser independente. "Deixámos desde logo claro que a Miio não queria ser aglutinada pela estrutura enorme da Repsol. A nossa ideia é ter um investidor internacional que nos permita ter conexões e crescer além fronteiras", diz a responsável. 

Depois da entrada nos mercados de Espanha e França, a empresa está já de olho em novos mercados europeus, ainda que esta expansão esteja agora momentaneamente em "stand by", à espera da luz verde dos novos donos e da aprovação do plano de negócio para os próximos anos. 

Quanto a grandes apostas para 2024, Daniela Simões aponta para a gestão de frotas elétricas empresariais.
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