Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Português Stoffel acelera ao volante da anti-Uber BusUp com mais cinco milhões de euros

A tecnológica que se apresenta como líder na gestão de transporte empresarial na Europa, contando em Portugal com clientes como o Novo Banco, o BCP ou a Altice, fechou uma ronda de financiamento liderada pelo maior fundo de investimento em mobilidade da América Latina.

Rui Stoffel, CEO e cofundador da BusUp.
11 de Fevereiro de 2021 às 17:23
  • ...

O português Rui Stoffel e os espanhóis Alex Canals e Eva Romagosa conheceram-se na IESE Business School da Universidade de Navarra, em cujas salas de aula começaram a burilar um negócio com base na encruzilhada em que se encontrava a empresa familiar catalã de autocarros da família Canals.

 

Três anos depois de terem concluído o MBA, os três fundavam a BusUp, a primeira empresa no mundo a oferecer serviços de transporte partilhado entre empresas.

 

Não, esta tecnológica não possui um só autocarro. Não faz concorrência aos operadores existentes. O modelo de negócio é anti-Uber - ao contrário deste tipo de plataformas, que, com base em tecnologia, disputam o mercado com empresa já estabelecidas, a BusUp "trabalha com mais de 150 operadores de autocarros em todo o mundo", transformando assim digitalmente este setor.

 

Constituída em 2016, em Barcelona, foi inicialmente financiada pelos próprios fundadores, tendo ainda contado com o apoio de um milhão de euros do Programa Europeu Horizonte H2020.

 

O seu primeiro cliente, em julho de 2017, foi o Canet Rock, festival de música de verão realizado na cidade costeira espanhola de Canet de Mar.

 

A partir de Barcelona expandiu-se para outras cidades espanholas, seguindo-se a expansão internacional, começando por Portugal, onde garante que conta com clientes como a Nestlé, a Siemens, a Auchan, a Cognizant, a Accenture, o Millenniumbcp, o Novo Banco ou a Altice.

Cinco anos depois, a BusUp afiança que tem presença nos Estados Unidos, Europa e América Latina com clientes globais como a Accenture, a Roche, a Siemens, a Cognizant, a Nestlé, a DXC Technologies ou a Louis Vuitton.

 

Quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021: a BusUp anunciou que fechou uma ronda de investimento, de série A, no valor de cinco milhões de euros, liderada pelo Proeza Ventures, o maior fundo de investimento em mobilidade da América Latina, acompanhado pelo fundo de capital de risco norte-americano, líder em mobilidade, Autotech Ventures (investidor na Lyft) e o fundo Finaves V, da mesma linha de negócio do IESE, entre outros.

 

A empresa tecnológica, que se apresenta como líder na gestão de transporte empresarial na Europa, explica que esta injeção de capital permitirá à BusUp "potenciar a sua atividade em mercados recentemente abertos, como os Estados Unidos, e consolidar a sua liderança nos atuais mercados, especialmente em Portugal".

 

Segundo a mesma tecnológica, "o sucesso do transporte de partilha de rotas da BusUp, testado pela primeira vez em Portugal, onde grandes empresas (como Cognizant, Roche, Accenture, entre outras) e PME partilharam percursos entre colaboradores, beneficiaram mais de 30% na redução de custos", tenso este sido "um ponto de inflexão para a empresa e o principal motivo da sua expansão para o mercado americano", realça.

"A BusUp vai mudar as regras do jogo no transporte empresarial"

 

"As tendências mostram que o cenário no regresso ao trabalho, pós-pandemia, estará dominado pelo trabalho híbrido (semi-presencial) ou flexível, que inevitavelmente requererá soluções de deslocação, também, flexíveis. Uma das previsões de Bill Gates para o mundo pós-pandémico é que ‘o escritório será partilhado’, e já confirmamos que essa tendência na União Europeia se vai estendendo, de forma natural, para as deslocações partilhadas", afirma Rui Stoffel, CEO e cofundador de BusUp.

 

Através da sua tecnologia, a BusUp cria rotas "mais eficientes otimizando percursos, paragens e capacidade instalada com base na procura real e flutuações", garantindo ser "a primeira solução no mundo a oferecer às empresas a possibilidade de partilhar rotas com outras empresas vizinhas para maximizar a disponibilidade da oferta de rotas, e, ao mesmo tempo minimizar os custos".

 

Afiançando que substituir o carro pela solução da BusUp "pode representar uma redução de 72% nas emissões de CO2", adianta que a adoção desta tecnologia permite, também,"às empresas passar em regime de outsourcing, parcial ou totalmente, a gestão desta operação".

 "Um dos aspetos mais importantes que a pandemia nos ensinou foi o quanto contribuem, de forma negativa, as deslocações de carro para o meio ambiente das nossas cidades, em termos de poluição", sustena Enrique Zambrano, diretor de Proeza Ventures.

 

"Estamos convencidos de que a solução de transporte partilhado que a BusUp oferece é uma das soluções mais sustentáveis que ajudará a mudar o mundo tal como o conhecemos e beneficiará as gerações futuras", conclui.

 

"Não ter que conduzir para o trabalho é uma proposta de valor muito atraente. O transporte partilhado traduz-se em benefícios claros e relevantes em termos de eficiência e flexibilidade para quem os utiliza, bem como para as empresas que viram que esta proposta aumenta a produtividade e a satisfação dos colaboradores e contribui para a retenção de talentos ", refere, por seu lado, Dan Hoffer, CEO da Autotech Ventures.

 

"Neste sentido, pensamos que a solução partilhada da BusUp mudará as regras do jogo no que diz respeito ao transporte empresarial, pois ajusta-se na perfeição ao ‘novo normal’ de trabalho híbrido (semi-presencial) proporcionando uma solução segura e flexível às empresas, independentemente da sua dimensão", remata o líder de uma das novas investidores da empresa liderada pelo português Rui Stoffel.

 

Ver comentários
Saber mais busup transporte empresarial proeza ventures ronda de investimento rui stoffel alex canals eva romagosa
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio