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Porto de Lisboa garante que abastecimento às ilhas está a decorrer com normalidade

A presidente da Administração do Porto de Lisboa assume surpresa com a rapidez com que foi decretada a insolvência da empresa de trabalho portuário de Lisboa, assim como o seu encerramento.

Portos
08 de Abril de 2020 às 14:54
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A presidente da Administração do Porto de Lisboa (APL), Lídia Sequeira, garantiu esta quarta-feira no Parlamento que desde que foi decretado o Estado de Emergência no país, devido ao novo coronavírus, "não voltou a haver bloqueio do tráfego que garante o abastecimento para as ilhas", assegurando que "neste momento esse tráfego está a decorrer com normalidade".

Lídia Sequeira salientou aos deputados que o abastecimento do país "nunca ficaria prejudicado com a quebra da atividade porque o porto de Lisboa representa neste momento, e infelizmente, menos de 12% da carga do modo marítimo a nível nacional. Ou seja, acrescentou, "há 88% da carga que entra por outros portos, que estão a funcionar normalmente".


A presidente da APL reconheceu que durante a requisição civil houve situações de incumprimento" e que "houve serviços mínimos para as ilhas que só foram movimentados com a declaração do Estado de Emergência".


"A APL vê com preocupação a situação no porto de Lisboa", disse ainda Lídia Sequeira, que apelou ao diálogo como "a única forma de resolver com eficácia e de forma duradoura o conflito entre empresas e trabalhadores" e a cedências de ambas as partes.


A responsável admitiu, ainda assim, que a surpreendeu "a rapidez com que o tribunal, que normalmente é moroso nestas coisas, decretou o estado de falência" da Associação - Empresa de Trabalho Portuário de Lisboa (A-ETPL), assim como "surpreendeu que o administrador da massa falida com tanta rapidez tenha decretado o encerramento".


Lídia Sequeira considerou ainda que "existe uma má perceção no porto de Lisboa". É que, salientou, este foi durante muitos anos o porto que tinha equipamentos para fazer carga contentorizada no país, mas "hoje não é assim". "Há outros portos no país que podem fazer esse tipo de função. São deslocações diretas para esses portos sempre que há conflito", disse a responsável, acrescentando que "existe hoje maior solução de mobilidade e os portos da Península Ibérica são concorrentes dos portos nacionais".

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