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Pedro Nuno Santos promete batalha para convencer Governo a investir na CP
A CP já pediu ao Executivo para contratar 88 trabalhadores, mas só viu autorizados 14. O ministro das Infraestruturas diz que terá de provar às Finanças que a empresa e o Estado ganham se for feito investimento na empresa.
O ministro das Infraestruturas assumiu esta terça-feira o objetivo de resolver os problemas da CP que, juntamente com a EMEF, "tem problemas de falta de pessoal e necessidades de investimento não satisfeitas".
Na comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, Pedro Nuno Santos garantiu que se vai bater "para conseguir convencer o restante governo da importância de dar prioridade ao reforço da CP", ainda que "com o risco de poder ter uma derrota pessoal sobre a matéria".
O governante assumiu não poder dizer aos deputados quantos trabalhadores serão contratados por não ter resposta para dar. Como adiantou, a CP tem um pedido de contratação de 88 trabalhadores, nas mais diversas categorias, mas só viu autorizadas 14 até agora. Já a EMEF tem um pedido de 57.
"Já temos pedidos há algum tempo, mas a eles não foram dadas respostas", disse Pedro Nuno Santos, assumindo o compromisso de que irá "travar essa batalha".
"Vamos ter que provar às finanças" que, mesmo no atual quadro do ajustamento orçamental, "a empresa e o Estado ganham se fizermos investimento na CP e EMEF". Um investimento que assumiu que será "provavelmente avultado".
Pedro Nuno Santos salientou que num conjunto vasto de categorias a CP tem muitos trabalhadores a fazer horas extraordinárias, o que tem custo para a empresa. "Temos de justificar que não só aquele pessoal faz falta como pode haver ganho financeiro ao evitar as horas extra que hoje são feitas".
O contrato de serviço público entre o Estado e a CP foi também realçado pelo ministro das Infraestruturas, nomeadamente no quadro da liberalização do transporte ferroviário de passageiros na União Europeia que entrou em vigor no início deste ano.
Segundo o governante, está a haver uma negociação com as Finanças, a qual pretende que seja encerrada o mais depressa possível. Do lado da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, acrescentou, foi feito um conjunto de perguntas sobre o contrato.
Para Pedro Nuno Santos, as soluções para a CP passam ainda por conseguir ter paz social. Nesse âmbito, disse que já foram iniciadas negociações para o contrato coletivo e que espera ter resultados.