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PCP critica “opção errada” do plano de expansão do Metro de Lisboa

A estrutura lisboeta do PCP considera que a opção de avançar para uma linha circular entre o Cais do Sodré e Campo Grande é “tecnicamente errada”, “não faz falta” e vai adiar a expansão da rede para a zona ocidental da cidade.

08 de Maio de 2017 às 19:42
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O PCP arrasa em toda a linha o plano de expansão do Governo para o Metro de Lisboa. Numa nota enviada às redacções, o Sector dos Transportes da Organização Regional de Lisboa dos comunistas considera que a expansão da linha amarela para as novas estações de Estrela e Santos – que vão depois ligar à linha verde no Cais do Sodré, que passará a ser circular – é um erro, vai ser muito dispendiosa e vai adiar novamente a expansão para a zona ocidental da cidade.

 

Adicionalmente, o PCP acusa o Governo de calculismo político ao não expandir o metro para Loures, uma vez que se trata de uma câmara comunista.

 

O "anúncio da decisão de concretizar uma linha circular entre o Cais Sodré e o Campo Grande, com a construção de duas novas estações (Estrela e Santos) e a aquisição de material circulante novo" é "uma opção errada, tecnicamente muito contestada, e vai canalizar os poucos recursos disponíveis para uma obra que não faz falta nem acrescenta nada de significativo à rede de metropolitano".

 

Isto porque a linha circular "exige a realização de uma grande obra de infraestrutura na Estação do Campo Grande, para acomodar as alterações que implicam passar a integrar a linha circular e simultaneamente receber uma estação da ligação directa entre Telheiras e Odivelas".

Por outro lado, "vai exigir investimentos muito acima da média". Isto porque existem "enormes pendentes entre a Estrela e Santos" e "qualquer intervenção no trecho da [avenida] 24 de Julho entre Santos e o Cais do Sodré (basicamente alagado)" é complexa, além de existirem "precárias condições de fundação desta obra subterrânea na proximidade do rio Tejo".

 

Avançando este plano, a zona ocidental de Lisboa volta a sofrer um "adiamento". O PCP classifica de "simulacro destinado à propaganda eleitoral do PS em Lisboa" o anúncio de um estudo para a expansão da linha vermelha – que actualmente termina em São Sebastião – até Campo de Ourique. Faz lembrar o plano de expansão "que há precisamente 8 anos" foi anunciado pela então secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, que previa "ligações a Oeiras e Loures", que não se concretizou, porque apenas teve como objectivos dar "cobertura à campanha eleitoral do PS".

Plano de expansão é "ilegal por falta de parecer prévio"

 

Os comunistas lamentam o transtorno que a linha circular vai provocar às populações de Loures, Odivelas e aos lisboetas que utilizam a linha amarela, porque terão de fazer um transbordo no Campo Grande. E denunciam a "ilegalidade" com que o processo está a ser conduzido, porque é necessário parecer prévio do "Conselho Consultivo da empresa e das entidades que o integram", entre as quais a Área Metropolitana de Lisboa e as diversas autarquias servidas pelo metro. E "nada disso aconteceu".

 

O PCP sublinha ainda que não estão a ser contratados os trabalhadores necessários à manutenção das carruagens. "Os maquinistas prometidos há mais de um ano continuam sem iniciar a respectiva formação, tendo apenas entrado 30 trabalhadores para agentes de tráfego. E continuam a faltar operários na manutenção de via, fiscais e pessoal nas estações", conclui o PCP.

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