Notícia
Movimento nos portos portugueses cai 4,1% para 28,6 milhões de toneladas até abril
Os portos do continente movimentaram 28,63 milhões de toneladas de carga nos primeiros quatro meses do ano, menos 4,1% face a igual período de 2019, destacando-se a quebra registada em abril, durante o estado de emergência, foi divulgado.
15 de Junho de 2020 às 09:18
"Entre janeiro e abril de 2020, os portos do continente movimentaram um total de 28,63 milhões de toneladas de carga, um decréscimo de 4,1% do volume global de carga face a igual período de 2019", indicou, em comunicado, Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).
Só no mês de abril, durante o período abrangido pelo estado de emergência, decretado face à pandemia de covid-19, o movimento portuário desceu 5,3% em comparação com o mesmo mês de 2019.
No total, o decréscimo registado correspondeu a menos 1,23 milhões de toneladas de carga e foi, sobretudo, sentido no Porto de Lisboa, que registou uma quebra de 900,3 mil toneladas, ou seja, menos 24,7%, o que se justifica com o "forte clima de instabilidade laboral".
Os portos de Setúbal, Sines (distrito de Setúbal) e Aveiro também registaram perdas de, respetivamente, 251,2 milhões de toneladas, 192,1 milhões de toneladas e 21,4 milhões de toneladas.
No sentido inverso, Viana do Castelo, Leixões (Porto), Figueira da Foz (Coimbra) e Faro totalizaram uma subida de 139,3 milhões de toneladas.
A AMT justificou a quebra de movimentação global essencialmente com o comportamento do mercado do carvão em Sines, que, "por razões exógenas à própria atividade portuária, registou uma quebra de 1,3 milhões de toneladas, resultante do facto de praticamente não haver produção de eletricidade nas centrais termoelétricas de Sines e do Pego".
No período em causa, estas duas centrais registaram uma quebra de produção de 98,5% e 74,2%, respetivamente.
Por outro lado, a carga contentorizada também contribuiu para o retrocesso global com menos 580 mil toneladas, com destaque para o Porto de Lisboa.
"Sines, após dois anos consecutivos abaixo da quota dos 50%, recupera a maioria absoluta com 50,8% do total (mais 1,4 pontos percetuais face ao período homólogo de 2019), seguindo-se Leixões com 23%, Lisboa com 9,6%, Setúbal com 7,4%, Aveiro com 6,3%, Figueira da Foz com 2,3%, Viana do Castelo com 0,5% e Faro com 0,1%", lê-se no documento.
Em abril, os volumes de carga movimentada subiram 21,6% em Sines e 88,1% em Viana do Castelo, enquanto em Lisboa e Leixões registaram-se quebras de 35,4% e 30,2%, respetivamente.
Aveiro (-16,1%), Setúbal (-11,4%), Figueira da Foz (-1,2%) e Faro (-8,2%) também registaram decréscimos, embora menos significativos.
Por mercado, em abril, com o abrandamento da atividade económica, evidenciam-se as subidas no de carga contentorizada (14,1%), petróleo bruto (11%) e dos produtos agrícolas (7,5%), com todos os outros a registarem variações negativas, com destaque para os produtos petrolíferos, que perdeu 15,2%.
Entre janeiro e abril, o segmento dos contentores contraiu-se 5,3% em comparação com o primeiro quadrimestre de 2019, o que correspondeu a uma quebra de 51,1 mil TEU (unidade padrão para medir o volume dos contentores).
Os portos de Leixões e Setúbal registaram aumentos respetivos de 6,9% e 4,2% no que se refere ao volume de TEU movimentado.
Já Lisboa é o porto que regista a maior diminuição (-53,7 mil TEU).
Ainda neste segmento, Sines mantém a liderança com uma quota de 56,5%, seguindo-se Leixões com 27%, Lisboa com 10,1%, Setúbal com 5,7% e Figueira da Foz com 0,7%.
Nos primeiros quatro meses do ano, os portos registaram 3.229 escalas, menos 5,6% do que no período homólogo, o que traduz uma arqueação bruta de 58,8 milhões, ou seja, menos 8,8%.
"Este comportamento é fortemente condicionado por Lisboa que viu reduzir o número de escalas em 23,1% (-184 escalas), justificado pela operação de menos navios a movimentar carga e ainda por efeitos das medidas decretadas para combater o surto de covid-19 que levaram ao cancelamento de cerca de 70 escalas de navios de cruzeiros", apontou a AMT.
De acordo com a mesma autoridade, o comportamento do fluxo de embarque, que inclui a carga de exportação, caracterizou-se, sobretudo, pelo desempenho dos mercados do produtos petrolíferos e de carga contentorizada que, no total, equivalem a 65,3% do total do volume das variações positivas, que ocorreram nos produtos petrolíferos de Sines e na carga contentorizada e Leixões, e 54,4% do total das variações negativas, verificadas na carga contentorizada de Lisboa e Sines e nos produtos petrolíferos de Leixões.
Nas operações de desembarque, por seu turno, "merece particular referência" o comportamento do carvão, responsável por quase 54% do total das perdas.
"Os portos que apresentam um perfil de porto 'exportador', registando um volume de carga embarcada superior ao da carga desembarcada, com um quociente entre carga embarcada e o total movimentado, entre janeiro e abril de 2020, são Viana do Castelo, Figueira da Foz, Setúbal e Faro, que apresentam este indicador com valores respetivos de 68,3%, 66,9%, 51% e 100%", avançou.
Só no mês de abril, durante o período abrangido pelo estado de emergência, decretado face à pandemia de covid-19, o movimento portuário desceu 5,3% em comparação com o mesmo mês de 2019.
Os portos de Setúbal, Sines (distrito de Setúbal) e Aveiro também registaram perdas de, respetivamente, 251,2 milhões de toneladas, 192,1 milhões de toneladas e 21,4 milhões de toneladas.
No sentido inverso, Viana do Castelo, Leixões (Porto), Figueira da Foz (Coimbra) e Faro totalizaram uma subida de 139,3 milhões de toneladas.
A AMT justificou a quebra de movimentação global essencialmente com o comportamento do mercado do carvão em Sines, que, "por razões exógenas à própria atividade portuária, registou uma quebra de 1,3 milhões de toneladas, resultante do facto de praticamente não haver produção de eletricidade nas centrais termoelétricas de Sines e do Pego".
No período em causa, estas duas centrais registaram uma quebra de produção de 98,5% e 74,2%, respetivamente.
Por outro lado, a carga contentorizada também contribuiu para o retrocesso global com menos 580 mil toneladas, com destaque para o Porto de Lisboa.
"Sines, após dois anos consecutivos abaixo da quota dos 50%, recupera a maioria absoluta com 50,8% do total (mais 1,4 pontos percetuais face ao período homólogo de 2019), seguindo-se Leixões com 23%, Lisboa com 9,6%, Setúbal com 7,4%, Aveiro com 6,3%, Figueira da Foz com 2,3%, Viana do Castelo com 0,5% e Faro com 0,1%", lê-se no documento.
Em abril, os volumes de carga movimentada subiram 21,6% em Sines e 88,1% em Viana do Castelo, enquanto em Lisboa e Leixões registaram-se quebras de 35,4% e 30,2%, respetivamente.
Aveiro (-16,1%), Setúbal (-11,4%), Figueira da Foz (-1,2%) e Faro (-8,2%) também registaram decréscimos, embora menos significativos.
Por mercado, em abril, com o abrandamento da atividade económica, evidenciam-se as subidas no de carga contentorizada (14,1%), petróleo bruto (11%) e dos produtos agrícolas (7,5%), com todos os outros a registarem variações negativas, com destaque para os produtos petrolíferos, que perdeu 15,2%.
Entre janeiro e abril, o segmento dos contentores contraiu-se 5,3% em comparação com o primeiro quadrimestre de 2019, o que correspondeu a uma quebra de 51,1 mil TEU (unidade padrão para medir o volume dos contentores).
Os portos de Leixões e Setúbal registaram aumentos respetivos de 6,9% e 4,2% no que se refere ao volume de TEU movimentado.
Já Lisboa é o porto que regista a maior diminuição (-53,7 mil TEU).
Ainda neste segmento, Sines mantém a liderança com uma quota de 56,5%, seguindo-se Leixões com 27%, Lisboa com 10,1%, Setúbal com 5,7% e Figueira da Foz com 0,7%.
Nos primeiros quatro meses do ano, os portos registaram 3.229 escalas, menos 5,6% do que no período homólogo, o que traduz uma arqueação bruta de 58,8 milhões, ou seja, menos 8,8%.
"Este comportamento é fortemente condicionado por Lisboa que viu reduzir o número de escalas em 23,1% (-184 escalas), justificado pela operação de menos navios a movimentar carga e ainda por efeitos das medidas decretadas para combater o surto de covid-19 que levaram ao cancelamento de cerca de 70 escalas de navios de cruzeiros", apontou a AMT.
De acordo com a mesma autoridade, o comportamento do fluxo de embarque, que inclui a carga de exportação, caracterizou-se, sobretudo, pelo desempenho dos mercados do produtos petrolíferos e de carga contentorizada que, no total, equivalem a 65,3% do total do volume das variações positivas, que ocorreram nos produtos petrolíferos de Sines e na carga contentorizada e Leixões, e 54,4% do total das variações negativas, verificadas na carga contentorizada de Lisboa e Sines e nos produtos petrolíferos de Leixões.
Nas operações de desembarque, por seu turno, "merece particular referência" o comportamento do carvão, responsável por quase 54% do total das perdas.
"Os portos que apresentam um perfil de porto 'exportador', registando um volume de carga embarcada superior ao da carga desembarcada, com um quociente entre carga embarcada e o total movimentado, entre janeiro e abril de 2020, são Viana do Castelo, Figueira da Foz, Setúbal e Faro, que apresentam este indicador com valores respetivos de 68,3%, 66,9%, 51% e 100%", avançou.