Notícia
Metros de Lisboa e Porto com luz verde para comprar 46 comboios
O Governo aprovou a despesa de até 214 milhões de euros para a compra de 22 novos comboios pelo Metro do Porto e de 24 unidades triplas (com três carruagens cada) pelo Metro de Lisboa.
Os Metros de Lisboa e do Porto já têm luz verde para avançar com a compra do novo material circulante necessário para a expansão das redes. A autorização da despesa pelas empresas foi publicada esta segunda-feira, 9 de outubro, em Diário da República.
No caso de Lisboa, está em causa a compra de 24 unidades triplas (com três carruagens cada) que implica "a execução financeira em mais de um ano económico, entre 2024 e 2027, num montante máximo de 140 milhões de euros, valor a que acresce o imposto sobre valor acrescentado à taxa legal em vigor, pelo que importa conferir autorização prévia necessária para a assunção de compromissos plurianuais, assim como autorizar o Metro de Lisboa a desenvolver todos os procedimentos necessários para a aquisição do material circulante", lê-se no mesmo documento.
Estas carruagens têm como objetivo reforçar a atual rede, mas também responder à necessidade de novos comboios tendo em conta a expansão da linha Vermelha, entre São Sebastião e Alcântara, que deverá arrancar em 2026.
Já o Metro do Porto, teve agora autorização da tutela para adquirir 22 novos veículos num montante máximo de 74,2 milhões de euros. Mas, por razões de ordem financeira, nomeadamente a redução do custo de aquisição - por diminuição do risco incorporado pelo fornecedor na garantia prestada - "deverá estar associada ao processo de aquisição do material circulante a prestação de serviços de manutenção por um período de cerca de cinco anos, período habitual neste tipo de aquisições, ascendendo este encargo ao montante de 8,6 milhões de euros".
O novo material circulante servirá para a empresa cumprir o plano de expansão em curso das linhas Rosa e Amarela e a construção da nova linha Casa da Música-Santo Ovídio, cujo investimento consta do Plano de Recuperação e Resiliência, prevendo-se, com esta nova linha, "adicionar à rede cerca de 6,74 km, e que tem como principais objetivos descarbonizar e apoiar a transição energética no setor da mobilidade, promovendo a utilização de transporte público e a coesão económica, social e territorial", segundo o mesmo documento.