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Metro vai crescer no Porto e em Gaia

O Metro do Porto vai contar com uma nova ligação entre as estações da Casa da Música e S. Bento e prolongará a de Vila Nova de Gaia à Vila d'Este. O investimento, para concretizar em 2021, será de 287 milhões de euros.

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06 de Fevereiro de 2017 às 22:00
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O Metro do Porto vai contar com duas novas linhas em 2021, uma entre as estações da Casa da Música e S.Bento, no centro da cidade, e outra que prolongará a linha amarela entre Santo Ovídio e Vila d' Este, em Vila Nova de Gaia.

O Negócios sabe que é esta a proposta de expansão da rede que o conselho de administração da Metro do Porto vai debater e aprovar esta terça-feira. Das possibilidades que foram analisadas, aquelas duas ligações foram que mais se aproximaram ao pretendido pela empresa e pelo Governo em termos de custos e de procura.

O investimento nestas novas linhas totaliza os 287 milhões de euros, cumprindo a dotação orçamental máxima de 290 milhões prevista para a expansão da rede, que serão financiados através do Plano Juncker. Na construção da linha rosa, que terá ainda estações na praça da Galiza e Hospital de Santo António, o investimento será de 181 milhões, enquanto o prolongamento da linha amarela para Sul está previsto custar 106 milhões.  


Após a aprovação pelo conselho de administração, a Metro do Porto irá agora desenvolver os projectos de execução de cada uma das linhas, que terão ainda de ser submetidas a estudos de impacto ambiental. O concurso público para a construção deverá ser lançado no final do primeiro semestre de 2018, de forma a que a obra arranque em 2019 e decorra num prazo de três anos.

 

Mais 12 milhões de clientes por ano


Estes investimentos estão previstos gerar uma procura adicional na rede do Metro do Porto de mais de 30 mil clientes por dia útil, apontando os estudos que suportam a proposta para um crescimento de 12 milhões de clientes por ano, a juntar aos actuais 58 milhões que anualmente são transportados no metro do Porto. A linha amarela representa actualmente um terço do total da procura da Metro do Porto. 

Em ambas as linhas, tendo em conta os estudos de procura que foram realizados, a receita de bilhética e os custos de operação, prevê-se que a taxa de cobertura ultrapasse os 100%. O Negócios sabe que uma das condições colocadas pela administração da Metro era que a expansão da rede não criasse défices de exploração, pondo em causa as taxas de cobertura que a empresa apresenta, na ordem dos 114%.

 

Metros com 500 milhões

Para a expansão da rede, a Metro do Porto analisou nove possibilidades, algumas abandonadas por não cumprirem os pressupostos em termos de custos e de procura. Um dos casos que o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, já tinha anunciado que não se concretizaria era o prolongamento da rede para a Trofa por questões de falta de procura. Em cima da mesa estiveram ainda planos para a expansão para Valbom, em Gondomar, ou a criação de segundas linhas para Maia, Matosinhos ou Gaia. Projectos que vão ter de esperar.

O Governo anunciou no ano passado 500 milhões de euros para a expansão dos metros de Lisboa e do Porto, tendo atribuído uma dotação máxima de 290 milhões de euros para a empresa da cidade Invicta integrar investimento a financiar pelo plano Juncker.

A estratégia definida pelo conselho de administração da Metro do Porto para o horizonte 2007-2027 passa, entre outras, pela cobertura de zonas com densidade populacional superior a 5.000 habitantes por quilómetro quadrado. Para a escolha das linhas que avançarão agora, além do tecto de 290 milhões de euros, a empresa levou em linha de conta a viabilidade técnica de cada um dos projectos, os estudos de procura, a optimização do investimento e a obrigação de atingir uma taxa de cobertura próxima dos 100%. 

Parlamento vai analisar transportes

A criação de um grupo de trabalho sobre transportes vai ser debatida esta quarta-feira pelos deputados da comissão de economia, inovação e obras públicas. Em cima da mesa está uma proposta do Bloco de Esquerda, que poderá avançar com a conclusão de outros grupos de trabalho, para uma reflexão genérica sobre o sector. O objectivo é avaliar globalmente o sector dos transportes - marítimo, aéreo e terrestre - ouvindo operadores, trabalhadores e utentes.    



Novas linhas do metro do Porto vão custar 287 milhões de euros

São duas as novas linhas que a administração da Metro do Porto vai aprovar esta terça-feira, para abrirem em 2021. A expansão da rede vai exigir um investimento de 287 milhões de euros.    

Linha rosa: Casa da Música-S. Bento

A nova linha rosa (G) vai ligar as estações da Casa da Música e S. Bento, com um total de mais de 2,7 quilómetros de extensão em via dupla. Contará com quatro novas estações, todas subterrâneas: Casa da Música, Galiza, Hospital de Santo António e S. Bento II. O projecto prevê que as estações da Casa da Música e S. Bento sejam totalmente novas, integrando-se, através de túneis pedonais, com as actuais estações com os mesmos nomes. O custo desta linha é de 181 milhões de euros.      

 

Linha amarela: Santo Ovídio-Vila d'Este 

O prolongamento da estação de Santo Ovídio até Vila d' Este, em Vila Nova de Gaia, terá uma extensão de 3,2 quilómetros em via dupla. Terá três novas estações, uma delas subterrânea, um viaduto com cerca de 600 metros e um túnel com cerca de 800 metros. Segundo o projecto, o troço entre as estações Hospital e Vila d'Este terá uma ramificação de acesso ao parque de material circulante a construir. O custo previsto do prolongamento do metro em Gaia é de 106 milhões.    




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