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Lucros da Brisa sobem 51% para 52 milhões até junho
O tráfego médio diário nas autoestradas que integram a concessão principal da Brisa subiu 9% no primeiro semestre deste ano face a 2020, mas a perda face a 2019 é ainda de 26,1%, Face ao ano anterior da pandemia, os lucros de 52 milhões revelam um decréscimo de 37,5%.
A Brisa Concessão Rodoviária (BCR), que gere a concessão principal do grupo liderado por António Pires de Lima, registou no primeiro semestre deste ano um aumento do resultado líquido de 50,8% para 52 milhões de euros, face aos 34,5 milhões apresentados no mesmo período de 2020, sendo que face a 2019 o valor evidencia um recuo de 37,5%.
Em comunicado à CMVM, a concessionária salienta que até junho obteve proveitos operacionais de 231,9 milhões, o que representa um aumento de 8,9% face ao período homólogo de 2020, mas ainda assim um decréscimo de 22,5% face aos 299,1 milhões registados no mesmo período de 2019.
As receitas de portagem atingiram os 219,2 milhões de euros no semestre, mais 9,1% do que no mesmo período de 2020, suportadas pela recuperação do tráfego.
O tráfego médio diário (TMD) da BCR registou na primeira metade do ano uma variação positiva de 9% face ao período homólogo, a que correspondeu um volume de tráfego de 14.663 veículos/dia. "Apesar desta recuperação, a perda do TMD face ao primeiro semestre de 2019 é ainda de 26,1%", nota a empresa.
Todas as autoestradas da concessão registaram aumentos de procura, sendo que as suburbanas são as que estão a recuperar mais lentamente, nomeadamente a A9 (mais 1,2%) e a A12 (mais 4,4%), aponta a BCR. Já a autoestrada que registou um maior aumento do TMD face ao período homólogo foi a A13 (mais 23,5%).
Numa análise do tráfego por tipo de veículo regista-se um crescimento superior dos veículos pesados (13,4%) face ao crescimento dos veículos ligeiros (8,6%).
Segundo a empresa, as receitas relacionadas com as áreas de serviço atingiram os 9,9 milhões de euros, mais 5,8% do que no período homólogo.
Os custos operacionais, excluindo amortizações, depreciações, ajustamentos e provisões, somaram 64,8 milhões no primeiro semestre de 2021, representando uma redução de 1,3% face ao mesmo período do ano anterior.
O EBITDA era no final do semestre de 167,1 milhões, o que representa um aumento de 13,4% - ou 19,8 milhões de euros – em termos homólogos. Comparativamente com o mesmo período de 2019, apresenta ainda um decréscimo de 28,1%.
Na primeira metade do ano os resultados financeiros da BCR registaram um valor negativo de 25,1 milhões, o que representa uma melhoria de 3,7 milhões em relação a 2020.
A 30 de junho de 2021 a dívida bruta da BCR era de 1.795 milhões de euros (na ótica nominal), 0,8% abaixo da de dezembro de 2020.