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Lucro da IP encolhe 82% para 20 milhões em 2019
O investimento realizado pela Infraestruturas de Portugal (IP) na rede ferroviária no ano passado foi de 107,9 milhões de euros, o que representa uma subida de 50% face a 2018.
A Infraestruturas de Portugal (IP) encerrou o ano passado com lucros de 20 milhões de euros, uma quebra de 89 milhões, ou 81,6%, face aos resultados obtidos em 2018, anunciou esta quinta-feira a empresa liderada por António Laranjo.
A IP assinala que os rendimentos operacionais cresceram 10%, ascendendo a 1.489 milhões de euros, com a empresa a destacar o aumento de 19 milhões de euros nas receitas das portagens e de 13 milhões de euros da Contribuição de Serviço Rodoviário (CSR), "resultantes do aumento do volume de circulação na rede rodoviária". Já a tarifa de utilização ferroviária rendeu 69 milhões de euros, "em linha com o verificado em 2018".
O EBITDA cifrou-se em 590 milhões de euros, uma quebra de 7,9% face aos 640,6 milhões de 2018, o que a empresa justifica com "o reconhecimento, em 2019, do aumento dos gastos subjacentes aos contratos de subconcessão, em virtude da conclusão dos respetivos processos de renegociação e cujo
impacto líquido em resultados (operacionais e financeiros) ascendeu a -31 milhões de euros".
A empresa destaca também, no que se refere ao investimento, "o progresso do programa de investimento Ferrovia 2020 que, com um nível de execução financeira de 107,9 milhões de euros em 2019, representa uma variação de +50% face ao nível verificado em 2018".
Os resultados financeiros associados à dívida financeira contraída diretamente pela IP "mantiveram a tendência de desagravamento dos anos anteriores, melhorando em 35 milhões de euros face ao período homólogo, em consequência da redução do stock de dívida financeira em 726 milhões de euros".
Assim, indica a IP, "no final de 2019 a dívida financeira ascendia a 5.019 milhões de euros, refletindo o reembolso de empréstimo obrigacionista com aval do Estado Português no montante de 500 milhões de euros ocorrido em fevereiro e a concretização em dezembro da segunda operação de compensação, no valor de 150 milhões de euros, enquadrada pela Lei do Orçamento do Estado do Estado de 2019, que permitiu a regularização de créditos do Estado sobre a IP (serviço da dívida dos empréstimos concedidos pelo Estado à IP) por contrapartida de dívida do Estado para com a IP correspondente aos investimentos efetuados em infraestruturas ferroviárias de longa duração".
A empresa liderada por António Laranjo refere, por último, que o Estado realizou operações de aumento de capital num valor global de 1.392 milhões de euros no ano passado.