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IP não vai integrar trabalhadores da limpeza por ter carência de quadros na atividade core

António Laranjo diz que IP não vai integrar os trabalhadores que prestam serviços de limpeza às suas instalações por ter uma "enormíssima" carência de quadros na sua atividade core. O responsável assegurou, no entanto, que estão a ser regularizados os pagamentos de vencimentos e férias a esses trabalhadores.

Pedro Catarino
28 de Setembro de 2021 às 15:49
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O presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), António Laranjo, afirmou esta terça-feira no Parlamento que a eventual integração dos trabalhadores que asseguram a limpeza dos comboios e das estações ferroviária nos quadros da empresa "não faz parte dos planos a curto e médio prazo".

Ouvido no âmbito de um requerimento do PCP na comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação sobre a situação desses trabalhadores que no início de setembro estavam com salários em atraso, o responsável justificou não ter intenção de os integrar "porquanto temos ainda uma manifesta, enormíssisima, carência de meios e de quadros, quadros esses que são necessários para a nossa atividade core".

A empresa pública considera "impossível" integrar os 500 trabalhadores que prestam serviço nas suas instalações – num total de 2.024 espaços -,  lembrando ainda António Laranjo que "a IP não tem autonomia para integrar quaisquer trabalhadores por sua livre iniciativa", tendo de se "articular com as tutelas, e há muitas outras prioridades".

Sobre a situação dos salários em atraso desses trabalhadores de limpeza da empresa Ambiente e Jardim, empresa que viu rescindido o contrato no início deste mês, António Laranjo afirmou que esse assunto "deixou de ser uma preocupação relevante já que se encontra regularizada a nova contratação de prestação de serviços de limpeza e estão em processos de regularização  todos os créditos vencidos, quer sejam vencimentos  quer férias, dos trabalhadores".

Para o presidente da IP, essa é assim uma matéria que "está hoje ultrapassada, naquilo que são as consequências da situação da Ambiente e Jardim", a que na altura o Tribunal de Instrução Criminal caucionou  todos os pagamentos que fossem feitos à empresa até ao montante de 25 milhões de euros, recordou, reafirmando que essas dificuldades "estão hoje ultrapassadas".

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