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Grande Lisboa vai ter autocarros com marca única

Carris Metropolitana é a operadora que vai reunir as empresas de transporte público rodoviário dos 18 concelhos da Área Metropolitana de Lisboa a partir de 2020. Antes disso terá lugar a redução do preço dos passes.

Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 17 de Outubro de 2018 às 20:54
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A Área Metropolitana de Lisboa (AML) vai passar a ter em 2020 uma marca única de transportes públicos a servir os 18 concelhos. O Conselho Metropolitano de Lisboa aprovou esta quarta-feira a criação da Carris Metropolitana, que deverá entrar em funcionamento pleno em Janeiro de 2020.


Antes disso, em Abril do próximo ano, já vai estar disponível o passe social único, que irá custará um máximo 40 euros e funcionar em todos os meios de transporte da AML As crianças até aos 12 anos não pagam transporte e, por família, o pagamento total máximo será de 80 euros (dois passes sociais). Dentro do município de Lisboa, os passes vão custar 30 euros.


De acordo com a agência Lusa, a nova empresa, com um mapa único de rede e novos autocarros amarelos, vai operar nos 18 concelhos da AML e vai centrar a bilhética e o tarifário, actualmente assumidos pela empresa OTLIS. 

O mapa de rede deverá ser definido nos próximos meses com o contributo das autarquias abrangidas e terá em conta carreiras que vão ligar os concelhos e outras que farão rotas dentro de cada município.


O novo passe permitirá que, por exemplo, um utente viaje de Sesimbra a Lisboa pelo máximo de 40 euros, o mesmo
preço que pagará quem se deslocar de Vila Franca de Xira, Almada ou Montijo para a capital, eliminando-se os cerca de dois mil tipos de passe que existem actualmente.

A partir do início de 2019, a AML vai abrir concursos em lotes para que os operadores privados possam concorrer a operar em determinadas zonas, mas terão de o fazer sob a marca Carris Metropolitana. "As referências dos autocarros são únicas, mas depois as empresas operadoras poderão ser diferentes", explicou Fernando Medina, presidente da AML, em conferência de imprensa, citado pela Lusa.

Nos próximos meses, segundo disse ainda o autarca da capital, vão decorrer negociações para que o novo sistema venha a abranger operadores como a CP e a Fertagus.

Fernando Medina destacou ainda que as medidas  aprovadas esta quarta-feira pelos 18 presidentes de câmaras da AML foram permitidas pela proposta do Orçamento do Estado para 2019 apresentada na segunda-feira. O Governo propõe-se financiar a redução do preço dos passes dos transportes públicos em todo o país a partir de 1 de Abril do próximo ano com 83 milhões de euros. Desse valor, um mínimo de 60% terá de ser destinado à redução dos tarifários, nomeadamente diminuição do preço dos passes, criação de passes família e gratuitidade para menores de 12 anos, podendo o restante ser aplicado na melhoria da oferta e extensão da rede pública. Fernando Medina estimou que, para as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto "a transferência do Governo deve andar na casa dos 50 milhões de euros".

A AML é composta pelos concelhos de Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira. 
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