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GNR e PSP transportam combustíveis. Governo discute requisição civil

O primeiro-ministro revelou que os serviços mínimos não estão a ser cumpridos e que o Algarve é a região mais crítica.

Lusa
12 de Agosto de 2019 às 17:27
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O nível de cumprimento dos serviços mínimos na greve dos motoristas alterou-se significativamente de manhã para o turno da tarde, levando o Governo a agendar um Conselho de Ministros para esta tarde para avaliar a necessidade de avançar com uma requisição civil e a colocar motoristas da GNR e da PSP a transportar combustíveis.

A informação foi avançada pelo primeiro-ministro em Belém, após uma reunião com o Presidente da República. António Costa revelou que "infelizmente" aconteceu uma "alteração significativa do cumprimento generalizado" dos serviços mínimos que se observava durante a manhã.

Face a estes desenvolvimentos, "já se iniciaram" os transportes de combustível através de motoristas da GNR e PSP, por forma a impedir que as "zonas particularmente afetadas no sul do país e aeroportos" fiquem sem abastecimento.

Além disso, António Costa revelou que vai ser realizado um Conselho de Ministros eletrónico esta tarde, para "avaliar a necessidade" de avançar com a requisição civil dos motoristas.

O primeiro-ministro afirmou que a decisão ainda não está tomada, mas deixou claro que deverá ser essa a opção do Executivo. Costa deu a entender que essa requisição civil poderá não ser total, ou seja, será apenas dirigida às empresas e regiões onde o incumprimento dos serviços mínimos é maior. Neste âmbito, revelou que o Algarve é a zona mais crítica, bem como o abastecimento do aeroporto de Lisboa.

Se a requisição civil for decretada, "iremos modelando a sua aplicação em função da necessidade e constatação de incumprimento dos serviços mínimos", acrescentou.

Sobre a utilização das militares das forças armadas para transporte de mercadorias e combustíveis, o primeiro-ministro revelou que estão de prevenção, mas só poderão ser acionados se for decretada a requisição civil.

O Governo irá adotar apenas as medidas que forem "estritamente necessárias, mas não deixaremos de agir", afirmou o primeiro-ministro, alertando que o "risco do conflito ser duradouro está em cima da mesa".

Deixou ainda um recado para os sindicalistas, afirmando que o "Governo não esta refém de eleições, nem limitado nas suas funções" e que as necessidades dos portugueses de terem acesso a um mínimo de combustível vai ser assegurado.

O primeiro-ministro respondeu ainda aos sindicatos da GNR, afirmando que  "as forças de segurança existem para servir o país e as missões que lhe são confiadas".

 

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