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"Gestão da Groundforce durante o período Casimiro não foi nada eficaz"

Os sindicatos que representam os trabalhadores da Groundforce defendem que a recuperação financeira da empresa, a partir de 2012, foi feita com base na "depreciação das condições de trabalho".

Alfredo Casimiro preside ao grupo Urbanos, dono da empresa insolvente e maior acionista da Groundforce.
Alfredo Casimiro é dono da Pasogal, acionista maioritária da Groundforce. DR
18 de Março de 2021 às 16:14
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A recuperação financeira da Groundforce a partir de 2012, ano que passou a ter como acionista maioritária a Pasogal de Alfredo Casimiro, foi feita através da "depreciação das condições de trabalho" e não do aumento das receitas. A crítica é feita pelos sindicatos que representam os trabalhadores da Groundforce, que estão a ser ouvidos esta quinta-feira, 18 de março, na Assembleia da República, onde deixam duras críticas à gestão feita pelo acionista privado da empresa de assistência aeroportuária.

"A gestão durante o período Casimiro não foi nada eficaz. A empresa engordou, e muito, mas não nas áreas onde deveria ter-se desenvolvido", começou por afirmar João Varzielas, do Sindicato dos Trabalhadores dos Aeroportos Manutenção e Aviação (STAMA), na comissão parlamentar de economia, inovação, obras públicas e habitação.

E continuou: "A recuperação de que tanto se fala foi unicamente feita à custa da depreciação do Acordo de Empresa, feita em 2012 [ano em que Alfredo Casimiro se tornou acionista maioritário da Groundforce]. Quanto a tudo o que pudesse engrandecer as receitas da empresa, nada foi feito. Foi sempre feito à custa da depreciação das condições de trabalho. E, se continuar a ser feito na base desta receita, a empresa não vai ter futuro".

Também presente nesta audição, Catarina Silva, do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes de Portugal (STTAMP), considerou que "a relação entre a TAP e Alfredo Casimiro está extremada", um cenário que causa preocupação aos trabalhadores. "A TAP representa cerca de 70% da operação da Groundforce. O contrato com a TAP termina em 2022; se não for renovado, o que acontece com a Groundforce?", questionou.

As 150 companhias aéreas que são clientes da Groundforce, detalhou ainda a sindicalista, estão a questionar "se terão ou não empresa de assistência no próximo verão".

Alfredo Casimiro também será ouvido no Parlamento esta tarde, devendo ser confrontado com várias das questões que têm sido levantadas pelos trabalhadores.
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