Notícia
Estado "falhou os apoios prometidos" à Groundforce, acusa Alfredo Casimiro
O acionista privado da Groundforce está a ser ouvido na Assembeia da República.
Sem a pandemia, a Groundforce continuaria numa "rota de crescimento" e, se está hoje numa situação de total rutura de tesouraria, é devido à "falta dos apoios prometidos pelo Estado". O argumento é de Alfredo Casimiro, presidente conselho de administração da Sociedade Portuguesa de Handling (SPdH) e acionista maioritário da Groundforce, que está a ser ouvido esta quinta-feira, 18 de março, na Assembleia da República.
"Estou aqui hoje porque, em 2011, recebi um telefonema do então ministro das Obras Públicas, a pedir uma reunião de emergência porque precisava de vender a Groundforce com a máxima urgência, por imposição da União Europeia, e não tinha comprador. Aceitei", começou por relatar Alfredo Casimiro, frisando que estabeleceu, com o Estado português, "um acordo equilibrado", que "salvou" a empresa, "sem despedir um único trabalhador".
"Nove anos depois, estamos aqui porque o mesmo Estado, perante a crise pandémica global, falhou os apoios prometidos e amplamente divulgados, como as denominadas linhas de apoio Covid", continuou.
Segundo o acionista privado da Groundforce, em julho de 2020, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, comprometeu-se a apoiar a empresa de assistência aeroportuária, através de um aval do Estado, para que a empresa pudesse obter um empréstimo de 30 milhões de euros, montante identificado, à data, "como necessário".
Contudo, o aval do Estado acabou por nunca ser concedido e a empresa não conseguiu aceder ao empréstimo. "Temos estado em interações diárias com o Banco de Fomento e com a Caixa Geral de Depósitos, que, em janeiro, nos disse estarem reunidas as condições do financiamento. Demos toda a informação que nos foi pedida, sempre em 24 ou 48 horas. Mas a ajuda, até hoje, nunca chegou", relatou Alfredo Casimiro. "Não se percebe qual a razão pela qual o nosso processo esteve parado nos Ministérios das Finanças e Economia, deixando a Groundforce chegar ao ponto de não ter dinheiro para pagar salários", acrescentou.
Quanto ao acordo temporário alcançado esta quinta-feira com a TAP, que levará a uma injeção imediata de dinheiro na Groundforce e permitirá pagar os salários em atraso, Alfredo Casimiro esclarece que este acordo irá "desbloquear uma verda de 6,9 milhões de euros, o que criará um balão de oxigénio que terá a duração máxima de dois meses".
Notícia atualizada pela última vez às 17h35 com mais informação.
"Estou aqui hoje porque, em 2011, recebi um telefonema do então ministro das Obras Públicas, a pedir uma reunião de emergência porque precisava de vender a Groundforce com a máxima urgência, por imposição da União Europeia, e não tinha comprador. Aceitei", começou por relatar Alfredo Casimiro, frisando que estabeleceu, com o Estado português, "um acordo equilibrado", que "salvou" a empresa, "sem despedir um único trabalhador".
Segundo o acionista privado da Groundforce, em julho de 2020, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, comprometeu-se a apoiar a empresa de assistência aeroportuária, através de um aval do Estado, para que a empresa pudesse obter um empréstimo de 30 milhões de euros, montante identificado, à data, "como necessário".
Contudo, o aval do Estado acabou por nunca ser concedido e a empresa não conseguiu aceder ao empréstimo. "Temos estado em interações diárias com o Banco de Fomento e com a Caixa Geral de Depósitos, que, em janeiro, nos disse estarem reunidas as condições do financiamento. Demos toda a informação que nos foi pedida, sempre em 24 ou 48 horas. Mas a ajuda, até hoje, nunca chegou", relatou Alfredo Casimiro. "Não se percebe qual a razão pela qual o nosso processo esteve parado nos Ministérios das Finanças e Economia, deixando a Groundforce chegar ao ponto de não ter dinheiro para pagar salários", acrescentou.
Quanto ao acordo temporário alcançado esta quinta-feira com a TAP, que levará a uma injeção imediata de dinheiro na Groundforce e permitirá pagar os salários em atraso, Alfredo Casimiro esclarece que este acordo irá "desbloquear uma verda de 6,9 milhões de euros, o que criará um balão de oxigénio que terá a duração máxima de dois meses".
Notícia atualizada pela última vez às 17h35 com mais informação.