Notícia
Empresas públicas agravam prejuízos para 842 milhões até Setembro
O Sector Empresarial do Estado agravou em 480 milhões as perdas no terceiro trimestre de 2014. Nos transportes os resultados negativos ultrapassaram os 540 milhões.
O Sector Empresarial do Estado (SEE) registou, até Setembro do ano passado, um resultado líquido negativo de 842,3 milhões de euros, um agravamento de 132,8% face aos 361,9 milhões registados no mesmo período de 2013.
De acordo com o boletim informativo do SEE do terceiro trimestre de 2014, divulgado pela Direcção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF), a maior variação registada ocorreu na Parpública e na TAP, que face ao mesmo período de 2013, aumentaram os seus resultados negativos para 126,4 e 27,7 milhões de euros.
Também o sector dos transportes agravou o seu resultado líquido em 220,4 milhões de euros, atingindo os prejuízos destas empresas os 541,1 milhões de euros. A Metro do Porto e a STCP foram as empresas que mais agravaram as suas perdas, em 402% e 399%, respectivamente, para 252,9 e 45,2 milhões de euros negativos.
A Carris registou uma melhoria dos prejuízos em 13,6% para 37,3 milhões de euros, o Metro de Lisboa em 3,9% para -36,3 milhões e a CP em 3,6% para -160,6 milhões de euros.
O volume de negócios do SEE apresentou, em termos homólogos, um crescimento de 70,9 milhões de euros (mais 1,1%) atingindo os 6.641,7 milhões.
A DGTF explica esta variação pela subida de 178,6 milhões de euros registada no sector da saúde, que mais do que compensou a evolução verificada na Estradas de Portugal, onde se verificou um decréscimo devido à diminuição da actividade de construção da Rede Rodoviárias Nacional.
Os gastos operacionais das empresas públicas diminuíram até Setembro 1, 6% (105,9 milhões de euros) para 6.495 milhões de euros, face ao mesmo período de 2013. Os gastos com pessoal, revela a DGTF, registaram um decréscimo de 3,4% neste período, para 2.580 milhões de euros.
O EBITDA do SEE diminuiu, até Setembro, 54,3%, atingindo os 493,5 milhões de euros.
Os resultados financeiros destas empresas melhoraram 6%, para um total de 764,3 milhões de euros negativos.