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CP precisa que Estado injecte 455 milhões este ano e 900 milhões em 2019
Neste cenário a dívida da CP ficará abaixo dos dois mil milhões de euros e a situação financeira será gerível.
O Estado terá de injectar, através de reforço do capital estatutário, no total deste ano 455 milhões de euros, para fazer face ao serviço de dívida, indicou esta terça-feira o presidente da CP – Comboios de Portugal. Carlos Nogueira revelou ainda que "em 2019, é necessário que o Estado injecte 900 milhões".
Dessa forma, referiu, falando na comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, a dívida ficará abaixo dos dois mil milhões de euros e a situação financeira será gerível. Desde que a CP não acumule prejuízos, disse. "E a CP terá resultados positivos se as indemnizações compensatórias forem pagas", garantiu.
Carlos Nogueira voltou a ser confrontado sobre o impacto das cativações pelo deputado do CDS-PP Hélder Amaral. O presidente da CP reiterou que "a CP não tem sido minimamente afectada nas suas operações pelas cativações". A título de exemplo, Carlos Nogueira, revelou que "só em Agosto foram descativados 19 milhões de euros".
O presidente da empresa ferroviária indicou ainda que a última versão do plano de investimento de 170 milhões de euros para a compra de 22 composições, que acredita ser a "definitiva", foi entregue ao Governo a 20 de Julho deste ano.
O gestor referiu também que a administração da CP irá apresentar "ainda esta semana" ao Governo um plano de reforço dos trabalhadores dos quais "99% serão pessoal de tracção, que incluem maquinistas, revisores e inspectores". Mais à frente, em resposta ao deputado comunista Bruno Dias, Carlos Nogueira precisou que o plano de reforço prevê a contratação de 88 trabalhadores: um engenheiro informático e 87 trabalhadores de tracção.