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CP lança consulta prévia para retomar serviço de bar nos comboios este mês
A empresa pública procedeu à resolução do contrato com a Apeadeiro 2020 e já convidou várias entidades a apresentarem proposta para celebrar um novo contrato para a exploração dos bares nos comboios alfa pendular e intercidades, que vai incluir os valores que ficaram por pagar aos trabalhadores.
A CP avançou com a resolução do contrato de prestação de serviços de exploração de cafetaria e bar a bordo dos comboios alfa pendular e intercidades que tinha com a empresa Apeadeiro 2020.
Em comunicado, a operadora ferroviária adianta que avançou esta segunda-feira com uma consulta prévia, "convidando várias entidades para apresentarem propostas, com o objetivo de celebrar um novo contrato para a prestação de serviços de exploração de cafetaria e bar" nos comboios de longo curso que tem ao seu serviço.
A CP adianta que, "no intuito de proteger os direitos dos trabalhadores da anterior concessionária, o caderno de encargos desta consulta prévia lançada hoje prevê, sem prejuízo do regime legal ou convencional aplicável e do eventual direito de regresso que lhe assista, que o novo adjudicatário pague aos respetivos trabalhadores quaisquer créditos laborais vencidos e não pagos pela Apeadeiro 2020".
A empresa diz ainda esperar que, no prazo de duas a três semanas, o serviço de cafetaria e bar a bordo dos comboios alfa pendular e intercidades seja retomado e a situação laboral dos trabalhadores envolvidos seja regularizada.
A 22 de março, no Parlamento, o ministro das Infraestruturas, João Galamba, anunciou que a CP estava a preparar um concurso de urgência imperiosa para o serviço dos bares, assim como garantir os direitos dos trabalhadores, depois da empresa que prestava esse serviço "não ter cumprido as obrigações".
O governante disse ainda que esse concurso visa resolver o problema imediato "será apenas válido até ao final do ano".
"Vamos pedir à CP que faça a avaliação sobre se pode integrar esses trabalhadores para que depois de dezembro possamos tomar a melhor decisão", disse João Galamba, frisando que "não excluímos, não havendo vantagem de recorrer ao outsourcing, integrar esses trabalhadores na CP".
O ministro disse na mesma altura que seria incluído no concurso o pagamento dos salários em atraso.