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Concurso para fornecer baterias à Transtejo só atrai dois candidatos
A espanhola Astilleros Gondán e a startup portuguesa Oceantia foram as únicas a apresentar proposta no concurso para fornecer baterias a nove navios elétricos da Transtejo.
Apenas duas empresas apresentaram propostas para fornecer baterias para nove navios elétricos da Transtejo no concurso lançado em junho de 16 milhões de euros.
De acordo com a Transportes & Negócios, uma delas é a Astilleros Gondán, que está a construir a frota de dez ferries para a operadora fluvial, e que esteve para ganhar o fornecimento das baterias por ajuste direto, o que foi travado pelo Tribunal de Contas.
O outro candidato é a Oceantia, uma startup portuguesa de produção de autocarros elétricos, criada em 2020.
O concurso para o fornecimento das baterias para os nove navios da Transtejo, lançado em junho, foi a solução encontrada pelo Governo depois do Tribunal de Contas ter recusado o visto prévio ao ajuste direto aos estaleiros espanhóis que a Transtejo pretendia fazer.
Na altura, em entrevista ao Negócios e Antena 1, o secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, disse que depois do chumbo do Tribunal de Contas o Governo recorreu a apoio técnico adicional, nomeadamente do INESC TEC do Porto, para "ajudar a parametrizar o que queremos comprar, por forma a que seja o mais concorrencial possível e possam aparecer diferentes "players" a apresentarem-se como fornecedores daquele produto".
Sobre os três navios que estão previstos chegar ainda este ano, Jorge Delgado admitiu que possam ser entregues já com as baterias incorporadas, de forma a que estejam a operar no início do próximo ano.
O prazo fixado para a entrega dos equipamentos no concurso é de dez meses.