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Cerca de 5.000 maquinistas em greve no Reino Unido

Trabalhadores pedem aumentos salariais e melhores condições de trabalho. Governo não negoceia, mas pode influenciar empresas, mas relações têm vindo a piorar.

O Ferrovia 2020 prevê 2,1 mil milhões de investimento, desde projeto à obra, passando por expropriações.
João Cortesão
30 de Julho de 2022 às 12:28
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Cerca de 5.000 maquinistas de sete empresas ferroviárias estão hoje em greve no Reino Unido para exigirem aumentos salariais e melhores condições de trabalho à semelhança de outras greves realizadas ao longo do mês por outros profissionais das empresas.

A greve de hoje, que se pode repetir em 13 de agosto se não houver acordo, foi convocada pelo sindicato Aslef, que representa os maquinistas. Na última quarta-feira, cerca de 40.000 funcionários da rede ferroviária estatal e de outras 14 empresas fizeram greve organizada pela RMT.

No Reino Unido o serviço de comboios é privatizado e operado por várias empresas em franquias e concessões, enquanto a Network Rail mantém as linhas e algumas infraestruturas.

A paralisação de 24 horas dos maquinistas afeta os serviços em muitas zonas, principalmente na Inglaterra, e dificulta o acesso, entre outros eventos, aos Jogos da Commonwealth, que se realizam em Birmingham, no centro.

As relações entre o Governo - que não negoceia, mas influencia no que as empresas podem fazer - e os sindicatos pioraram depois do secretário-geral do Aslef, Mick Whelan, ter acusado hoje o ministro dos transportes, Grant Shapps, de "mentir" sobre a evolução das negociações.

Grant Shapps condenou repetidamente as greves e criticou, num artigo no jornal The Times, a RMT por estar a "obstruir a reforma e a Aslef a retardar as negociações".

O presidente da associação de empresas ferroviárias Rail Delivery Group, Steve Montgomery, disse hoje, por sua vez, que os trabalhadores devem aceitar que o sistema de trabalho se modernize, sobretudo para "responder às enormes mudanças de hábitos de viagem, depois da pandemia".
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