Notícia
Cascais compra à CaetanoBus dois autocarros movidos a hidrogénio em investimento de um milhão de euros
A CaetanoBus vendeu os dois primeiros autocarros movidos a hidrogénio no mercado português. Os dois veículos foram adquiridos pela Câmara de Cascais por cerca de um milhão de euros.
31 de Maio de 2021 às 18:35
A Câmara de Cascais, no distrito de Lisboa, apresentou esta segunda-feirae dois autocarros movidos a hidrogénio que vão integrar a estratégia de descarbonização do município para os próximos anos, num investimento de cerca de um milhão de euros.
Em declarações à agência Lusa, a vereadora responsável pela área do Ambiente, Joana Pinto Balsemão (PSD), explicou que o objetivo da autarquia é "começar a transitar gradualmente para combustíveis que são mais sustentáveis", antes de chegar a 2050, data apontada para a neutralidade carbónica.
"[...] Embora o nosso roteiro aponte para a neutralidade carbónica em 2050, nós não vamos ficar à espera de 2050 para dar passos muito ambiciosos, vamos começar já e, portanto, os dois autocarros de hidrogénio são uma etapa desse caminho na área da mobilidade", assegurou a autarca.
Lembrando que a frota de autocarros do município é de norma Euro 6, "muito menos poluentes do que a média", Joana Balsemão adiantou que, no futuro, serão usados três tipos de combustível nos veículos de transporte rodoviário de passageiros: hidrogénio, biodiesel e eletricidade.
"Também vai ser assinado um protocolo para o projeto piloto na área do biodiesel. Vamos quintuplicar os nossos pontos de recolha para os óleos alimentares usados para podermos, rapidamente, começar também - nos nossos transportes públicos - experimentar o biodiesel e eletrificação", referiu, sublinhando que os combustíveis vão começar a ser usados na frota que conta com 97 autocarros.
Sem ainda conseguir quantificar o investimento da Câmara de Cascais para a utilização de combustíveis sustentáveis, a autarca sustentou que "a batalha da sustentabilidade vai travar-se muito a nível das cidades", acrescentando o município quer fazer "parte do impulso dessa transição".
"Ainda não está totalmente custeado, no caso do biodiesel, vamos ter um exemplo local de economia circular, ou seja, o óleo alimentar é produzido no município, é recolhido aqui e depois é inserido nos autocarros que operam no município, o custo vai ser naturalmente reduzido. No caso do hidrogénio, estes dois autocarros tiveram um custo de cerca de um milhão de euros", informou.
Joana Balsemão acrescentou que o concelho terá também um posto de abastecimento de hidrogénio, que ficará junto a uma das saídas da Autoestrada 5 (A5), na Abuxarda, indicado que as propostas de concurso público se encontram atualmente em análise.
"Contamos com o seu lançamento e construção ao longo do próximo ano, vai ser aberto ao público também e mesmo para concelhos vizinhos que queiram abastecer as suas frotas. [...] Aqui contamos muito com o modelo em parceria com os privados que não onere o erário público", alertou.
Os dois autocarros a hidrogénio vão começar a circular este verão.
"Um [comerá a circular] no mês de junho, outro no mês de julho. Vão servir duas carreiras que são muito ligadas à natureza, uma carreira junto ao mar, que serve a praia do Guincho, por exemplo, e outra a servir o Parque Natural [Parque Natural de Sintra-Cascais (PNSC)]", adiantou Joana Balsemão.
Utilizando hidrogénio 100% verde, através de energias renováveis no seu processo de fabricação, Cascais estabeleceu ainda uma parceria com o grupo Salvador Caetano para desenvolver e testar o primeiro veículo português de recolha de lixo movido a hidrogénio, no prazo de um ano, com a possibilidade futura de desenvolver uma frota de 10 veículos.
O município recordou que os custos com a implementação do hidrogénio em Cascais serão suportados por concessão de ativos imobiliários da empresa que detém o posto - Cascais Próxima - passando pela eventual concessão do próprio posto, que não serão suportados pelos munícipes.
Os dois autocarros vão estar equipados com a célula de combustível da Toyota que permite "uma autonomia de 400 km apenas com um único abastecimento, o que garante uma operação flexível para os seus operadores", assinala a CaetanoBus.
José Ramos, presidente da CaetanoBus, destacou, citado em comunicado, o papel do município, que classificou como "embaixador desta solução" e garantiu ainda que a descarbonização "não é uma moda, mas uma necessidade". Ne
Em declarações à agência Lusa, a vereadora responsável pela área do Ambiente, Joana Pinto Balsemão (PSD), explicou que o objetivo da autarquia é "começar a transitar gradualmente para combustíveis que são mais sustentáveis", antes de chegar a 2050, data apontada para a neutralidade carbónica.
Lembrando que a frota de autocarros do município é de norma Euro 6, "muito menos poluentes do que a média", Joana Balsemão adiantou que, no futuro, serão usados três tipos de combustível nos veículos de transporte rodoviário de passageiros: hidrogénio, biodiesel e eletricidade.
"Também vai ser assinado um protocolo para o projeto piloto na área do biodiesel. Vamos quintuplicar os nossos pontos de recolha para os óleos alimentares usados para podermos, rapidamente, começar também - nos nossos transportes públicos - experimentar o biodiesel e eletrificação", referiu, sublinhando que os combustíveis vão começar a ser usados na frota que conta com 97 autocarros.
Sem ainda conseguir quantificar o investimento da Câmara de Cascais para a utilização de combustíveis sustentáveis, a autarca sustentou que "a batalha da sustentabilidade vai travar-se muito a nível das cidades", acrescentando o município quer fazer "parte do impulso dessa transição".
"Ainda não está totalmente custeado, no caso do biodiesel, vamos ter um exemplo local de economia circular, ou seja, o óleo alimentar é produzido no município, é recolhido aqui e depois é inserido nos autocarros que operam no município, o custo vai ser naturalmente reduzido. No caso do hidrogénio, estes dois autocarros tiveram um custo de cerca de um milhão de euros", informou.
Joana Balsemão acrescentou que o concelho terá também um posto de abastecimento de hidrogénio, que ficará junto a uma das saídas da Autoestrada 5 (A5), na Abuxarda, indicado que as propostas de concurso público se encontram atualmente em análise.
"Contamos com o seu lançamento e construção ao longo do próximo ano, vai ser aberto ao público também e mesmo para concelhos vizinhos que queiram abastecer as suas frotas. [...] Aqui contamos muito com o modelo em parceria com os privados que não onere o erário público", alertou.
Os dois autocarros a hidrogénio vão começar a circular este verão.
"Um [comerá a circular] no mês de junho, outro no mês de julho. Vão servir duas carreiras que são muito ligadas à natureza, uma carreira junto ao mar, que serve a praia do Guincho, por exemplo, e outra a servir o Parque Natural [Parque Natural de Sintra-Cascais (PNSC)]", adiantou Joana Balsemão.
Utilizando hidrogénio 100% verde, através de energias renováveis no seu processo de fabricação, Cascais estabeleceu ainda uma parceria com o grupo Salvador Caetano para desenvolver e testar o primeiro veículo português de recolha de lixo movido a hidrogénio, no prazo de um ano, com a possibilidade futura de desenvolver uma frota de 10 veículos.
O município recordou que os custos com a implementação do hidrogénio em Cascais serão suportados por concessão de ativos imobiliários da empresa que detém o posto - Cascais Próxima - passando pela eventual concessão do próprio posto, que não serão suportados pelos munícipes.
Os dois autocarros vão estar equipados com a célula de combustível da Toyota que permite "uma autonomia de 400 km apenas com um único abastecimento, o que garante uma operação flexível para os seus operadores", assinala a CaetanoBus.
José Ramos, presidente da CaetanoBus, destacou, citado em comunicado, o papel do município, que classificou como "embaixador desta solução" e garantiu ainda que a descarbonização "não é uma moda, mas uma necessidade". Ne