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Carristur suspende Mob Carsharing por falta de procura
A Carristur suspendeu o serviço Mob Carsharing, lançado no final de 2008, por nunca ter conseguido impor-se no mercado. Iniciativa previa a partilha de um automóvel por vários clientes, através de um aluguer.
"Ao longo de sete anos de actividade a empresa empreendeu todos os esforços, e promovemos diversas iniciativas, para que o conceito de 'carsharing' se desenvolvesse e proliferasse. No entanto, a mudança de hábitos é um processo complexo e demorado, em particular quando estes hábitos estão associados a ideais de conforto e status, como é o caso da utilização do carro particular", indicou à agência Lusa fonte da Transportes de Lisboa (grupo que agrega Carris, Metro e Transtejo).
O Mob Carsharing é um serviço de aluguer de automóveis à hora que permitia aos clientes reservar um veículo através da internet ou do telefone e tê-lo disponível no minuto seguinte.
O projecto foi lançado pela Carristur, tendo a EMEL - Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa associado-se posteriormente.
Numa resposta por escrito, a fonte da Transportes de Lisboa disse ainda que a manutenção daquela oferta no mercado "implicaria investimentos elevados", pelo que a Carristur optou por suspendê-la e investir em outras áreas de negócio.
Contudo, a empresa admite que pode reavaliar a retoma daquela oferta, no futuro, "caso se reúnam as devidas condições".
Ao longo dos sete anos de actividade, recorreram ao Mob Carsharing 350 clientes, entre particulares (230) e empresas (120).
Aquele serviço permitia aos clientes andar com o carro em Portugal e Espanha e, para se tornar atractivo, tinha estacionamento grátis por quatro horas em lugares na via pública da EMEL.
Ao longo dos anos, o "Cartão Família", em que qualquer membro do agregado familiar podia conduzir o carro, e a abertura do serviço aos turistas, foram apostas para contrariar a tendência dos portugueses, que se mostravam reticentes em aderir em massa ao Mob Carsharing.