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Bruxelas pode ter que validar abate da dívida da CP

Especialista em Direito da União Europeia defende que perdão da dívida da CP, como estava previsto no Orçamento do Estado para 2022, pode carecer de autorização da Comissão Europeia.

Injeção prevista no OE para 2022 surge após críticas do titular da pasta dos transportes aos sucessivos atrasos na resposta às necessidades da CP.
Estela Silva/Lusa
21 de Dezembro de 2021 às 09:25
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Caso o próximo Governo decida manter o plano de limpar a dívida histórica da CP - Comboios de Portugal, como inscrito no Orçamento de Estado para 2022 (OE2022) entretanto chumbado, pode ter que pedir autorização a Bruxelas, por estar em causa um auxílio de Estado, noticia, esta terça-feira, o Público.

O jornal cita um artigo científico da autoria de Nuno Cunha Rodrigues, especialista em Direito da União Europeia, que defende que a operação, que previa um abate superior a 1.800 milhões de euros na dívida histórica da CP, figura como um auxílio de Estado, pelo que requer que a Comissão Europeia seja notificada para avaliar se esse apoio pode ser aprovado, à semelhança do que sucedeu com a TAP.

"A questão que se coloca não é a de saber se estamos face a um auxílio de Estado – o que, claramente, sucede – mas antes a de saber se a Comissão Europeia autorizará este auxílio", diz o professor na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, para quem o perdão da dívida da CP é totalmente diferente das indemnizações compensatórias pagas ao abrigo do contracto de serviço público pelo Estado à empresa.

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