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Atlantia confirma que Lusoponte vai ficar nas mãos da Mota-Engil e Vinci
A Atlantia confirmou esta segunda-feira que a Mota-Engil e a Vinci exerceram o direito de preferência para adquirirem a participação de 17,21% da empresa italiana na concessionária das pontes 25 de Abril e Vasco da Gama.
A Atlantia confirmou esta segunda-feira que a Mota-Engil, através da Líneas, e a Vinci exerceram o direito de preferência para comprarem os 17,21% detidos pela empresa italiana na Lusoponte.
Em comunicado, a empresa italiana indica que o valor a desembolsar pelas duas empresas já acionistas da concessionária das pontes 25 de Abril e Vasco da Gama é de 55,7 milhões de euros.
O Negócios tinha avançado a 4 de julho que a Vinci ia exercer o direito de preferência, tendo confirmado a 12 de julho, após o Eco ter noticiado, que a Mota-Engil também seguiu a mesma estratégia.
As duas empresas avançaram para o reforço das suas participações após a japonesa Marubeni ter feito uma proposta à Atlantia.
Com esta aquisição, os dois grupos passam a ser os únicos acionistas da Lusoponte, numa altura em que a empresa está em vias de saldar a sua dívida bancária. A concessionária tem previsto efetuar este ano dois pagamentos, através de duas prestações de 14,681 milhões de euros, o que lhe permitirá finalizar o reembolso da sua dívida bancária a pouco mais de oito anos de terminar o prazo da concessão (em março de 2030).
Depois de a Atlantia ter acordado com o MM Capital Infrastructure Fund, controlado pelo grupo japonês Marubeni, a venda da sua participação na Lusoponte por 55,7 milhões de euros, a Líneas, da Mota-Engil, e a Vinci Highways, do grupo francês, decidiram exercer o direito de preferência e vão reforçar as posições tendo em conta o peso das suas atuais participações.
Considerando o valor acordado entre a Atlantia e o fundo do grupo Marubeni, a Mota-Engil terá de pagar cerca de 28 milhões de euros para passar a deter 50,7% da Lusoponte, enquanto à Vinci caberá o desembolso de mais de 27 milhões para passar a controlar 49,3%.
Os dois maiores acionistas da Lusoponte tinham já exercido o direito de preferência aquando da venda da participação de 7,5% por parte da Teixeira Duarte, em 2018, impedindo a entrada da Companhia de Investimento China-Portugal Global, Limitada.