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Mota-Engil exerce preferência e reforça para 50,7% na Lusoponte

A construtora portuguesa seguiu a Vinci e vai exercer o direito de preferência na compra dos 17,21% que a italiana Atlantia detém na Lusoponte, inviabilizando o acordo com o grupo japonês Marubeni.

Bruno Simão/Negócios
Negócios 12 de Julho de 2021 às 15:29
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A Mota-Engil vai exercer o direito de preferência na compra da participação de 17,21% que a Atlantia detém na Lusoponte, noticiou esta segunda-feira o jornal online Eco e confirmou o Negócios.

Com esta decisão, a construtora portuguesa reforça a sua participação na concessionária das pontes 25 de Abril e Vasco da Gama para 50,7%.

Também a Vinci Highways tinha já decidido, como noticiou o Negócios há uma semana, exercer o direito de preferência na compra da posição que o grupo italiano pôs à venda.

Desta forma, fica inviabilizado o acordo a que a Atlantia já tinha chegado com a MM Capital Infrastructure Fund, controlado pelo grupo japonês Marubeni, para a venda da sua participação na Lusoponte por 55,7 milhões de euros, num negócio que previa ainda um mecanismo potencial de preço variável ("earn-out") até um máximo de cinco milhões de euros, vinculado à ocorrência de certas condições.

Atualmente a Mota-Engil possui, através da Líneas, 41,81% da Lusoponte enquanto a Vinci possui 40,98%. Exercendo ambos o direito de opção, a aquisição será feita tendo em conta o peso das suas atuais participações. Terão também de pagar os 55,7 milhões acordados entre a Atlantia e o fundo de infraestruturas ligado ao grupo Marubeni.

Tendo em conta o valor acordado, a Mota-Engil terá de pagar cerca de 28 milhões de euros para passar a deter 50,7% da Lusoponte, enquanto à Vinci caberá o desembolso de mais de 27 milhões para passar a controlar 49,3%.

Os dois maiores acionistas da Lusoponte exerceram já o direito de preferência aquando da venda da participação de 7,5% por parte da Teixeira Duarte, em 2018, impedindo a entrada da Companhia de Investimento China-Portugal Global, Limitada. Nessa altura, a Teixeira Duarte chegou a anunciar ter celebrado um contrato-promessa para alienar as 375.000 ações que detinha na empresa àquele grupo chinês, mas a Vinci e a Mota-Engil acabaram por exercer o direito de preferência pagando os mesmos 23,3 milhões de euros que tinham sido acordados.

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