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American Airlines diz que só "algumas centenas de voos" estão ainda sem pilotos

Depois de o sindicato ter anunciado que milhares de voos na época festiva nos EUA poderiam estar em risco por um erro informático nas folgas dos pilotos, a companhia aérea vem dizer que está por resolver apenas a situação de "algumas centenas" de voos.

Bloomberg
30 de Novembro de 2017 às 18:26
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A companhia aérea norte-americana American Airlines assegurou esta quinta-feira, 30 de Novembro, que não cancelou nenhum dos voos previstos para o mês que vem e que os voos ainda sem piloto indicado - devido ao problema informático de designação de escalas - passaram a ser "algumas centenas" em vez dos milhares de que se falava anteriormente, refere o Financial Times.

Horas antes, o sindicato Allied Pilots Association revelou que 15 mil voos da companhia pudessem vir a ser afectados entre 17 e 31 de Dezembro, devido a falhas no sistema através do qual os pilotos requerem o gozo de dias com base na sua antiguidade na empresa.

O erro - que permitiu que mais pilotos estivessem de folga do que o que deveria ter acontecido - foi dado a conhecer aos pilotos na sexta-feira passada. Em consequência, milhares de voos da companhia de aviação norte-americana American Airlines arriscavam ficar sem pilotos disponíveis na época festiva do Natal e final do ano.

A empresa garantiu desde logo que estava a tentar resolver o problema pagando mais (até 150% do valor por hora) para assegurar a sua presença - embora o sindicato esteja a contestar a medida, alegando que viola o contrato vigente no grupo.

À medida que os pilotos estão a aderir às novas condições, o número de voos potencialmente cancelados tem vindo a reduzir-se, nota o Financial Times. A companhia constituiu também uma reserva maior de pilotos para Dezembro que, sendo superior à de outros meses, dão à American Airlines a "possibilidade de realizar muitas das viagens que actualmente não estavam garantidas".

Segundo a Reuters, a companhia está a tentar evitar o cancelamento de voos que, além de constituírem uma perturbação para os clientes - impedidos de se reunirem com as suas famílias para as festividades de Natal e Ano Novo - trariam prejuízo para a empresa.

Mas o reflexo nas contas deverá acontecer, qualquer que seja o cenário, já que terão de acomodar o valor a pagar a mais aos pilotos para a prestação do serviço.

A 18 de Setembro passado, a europeia Ryanair passou por um problema semelhante: o mau planeamento de escalas dos pilotos e mudanças na forma como são contabilizadas as horas de voo deixou a empresa a braços com reservas a mais, levando a companhia aérea low-cost a cancelar centenas de voos. A situação levou à demissão do director de operações, Michael Hickey.
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