Notícia
Alfredo Casimiro recebeu 7,6 milhões antes de pagar pela Groundforce
A Groundforce foi privatizada em 2012, mas foi só em 2018 que o acionista privado, Alfredo Casimiro, pagou pela empresa, num valor total de 3,6 milhões de euros. Antes disso, recebeu 7,6 milhões em comissões de gestão.
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Antes de pagar pela Groundforce, privatizada em 2012, durante o Governo de Pedro Passos Coelho, Alfredo Casimiro, acionista privado da empresa de assistência aeroportuária, recebeu 7,6 milhões de euros em comissões pela gestão realizada. Só depois, já em 2018, é que pagou 3,6 milhões de euros pela Groundforce, onde detém uma participação de 50,1%.
Os números foram apresentados por Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e da Habitação, que está a ser ouvido esta quarta-feira, 24 de março, na Assembleia da República. "Fizeram uma privatização da Groundforce que resultou em entradas de dinheiro para a empresa do senhor Alfredo Casimiro no montante de 7,6 milhões de euros até 2018", começou por dizer o ministro, em resposta a questões do deputado João Gonçalves Pereira, do CDS-PP.
Em causa estão as chamadas "fees de gestão", que foram entregues ao acionista privado em função das receitas obtidas pela Groundforce. Assim, entre 2012 e 2015, Alfredo Casimiro recebeu comissões de 5,4 milhões de euros. Já entre 2015 e 2018, recebeu outros 2,2 milhões de euros.
A justificar estes pagamentos esteve o aumento da faturação da Groundforce no período posterior à privatização. "Mas quem é responsável por este aumento da faturação é a TAP, empresa pública, que responde por 70% da faturação da Groundforce", ressalvou Pedro Nuno Santos.
Foi só depois de receber estes pagamentos que, em 2018, Alfredo Casimiro pagou à TAP, finalmente, pela compra da Groundforce, entregando à companhia aérea um montante total de 3,7 milhões de euros.
"Quantos portugueses gostavam de ter feito este negócio? Alfredo Casimiro não comprou empresa nenhuma, recebeu dinheiro para a ter", afirmou o ministro.
Os números foram apresentados por Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e da Habitação, que está a ser ouvido esta quarta-feira, 24 de março, na Assembleia da República. "Fizeram uma privatização da Groundforce que resultou em entradas de dinheiro para a empresa do senhor Alfredo Casimiro no montante de 7,6 milhões de euros até 2018", começou por dizer o ministro, em resposta a questões do deputado João Gonçalves Pereira, do CDS-PP.
A justificar estes pagamentos esteve o aumento da faturação da Groundforce no período posterior à privatização. "Mas quem é responsável por este aumento da faturação é a TAP, empresa pública, que responde por 70% da faturação da Groundforce", ressalvou Pedro Nuno Santos.
Foi só depois de receber estes pagamentos que, em 2018, Alfredo Casimiro pagou à TAP, finalmente, pela compra da Groundforce, entregando à companhia aérea um montante total de 3,7 milhões de euros.
"Quantos portugueses gostavam de ter feito este negócio? Alfredo Casimiro não comprou empresa nenhuma, recebeu dinheiro para a ter", afirmou o ministro.