Um "modesto" aumento de um milhão nas viagens internacionais que têm como destino a Europa poderia significar um extra de 480 milhões de dólares (427,4 milhões de euros ao câmbio atual) no PIB, aponta o World Travel & Tourism Council (WTTC).

O WTTC, que representa o setor privado de turismo e viagens, procedeu a uma análise que aponta para que mesmo aumentos relativamente reduzidos na circulação trarão benefícios económicos e laborais "significativos".

Para cada 1% adicional nas chegadas por via aérea, seriam gerados 7,23 mil milhões de dólares que somariam ao produto interno bruto (PIB).

"Isto traria um impulso económico muito necessário para as economias da União Europeia, que estão a lutar pela sobrevivência depois da imposição das restrições à circulação para conter o coronavírus", avalia o mesmo conselho.

Para a presidente e CEO do WTTC, Gloria Guevara, "a economia pode ser relançada ao mesmo tempo que se prioriza e protege a saúde dos viajantes e daqueles que trabalham no setor".

Esta posição é dada a conhecer numa altura em que muitos governos estão a avaliar a reciprocidade nos corredores aéreos, como é o caso do Reino Unido. O dilema está entre permitir a entrada de estrangeiros, que pode ser nefasto na ótica do controlo da pandemia, ou a sua permissão, que teria o condão de estimular economias já muito castigadas pelo tempo de confinamento, em particular no setor do turismo.