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Tripulantes da TAP cancelam greve
Os associados do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil aprovaram esta segunda-feira a mais recente proposta apresentada pela administração da companhia, o que levou ao cancelamento da greve de sete dias que teria início esta quarta-feira.
Na assembleia geral de emergência, que teve lugar esta segunda-feira, os tripulantes voltaram a ser chamados a apreciar uma proposta da administração da companhia aérea, tendo o resultado sido diferente do da assembleia geral realizada na passada quinta-feira.
No final da reunião, Ricardo Penarroias, presidente do SNPVAC, afirmou aos jornalistas que "o acordo não é perfeito, longe disso", mas "os associados entenderam que cria as bases para iniciar negociações, e assim acabaram com o pré-aviso de greve".
O dirigente sindical sinalizou que "a proposta a nível de qualidade foi melhorada, em questões técnicas", assim como na própria redação do documento, que "foi redigido de forma mais clara". "Isto é um aviso à administração da TAP que a redação do acordo tem de ser feita de forma clara, sem zonas cinzentas".
Ricardo Penarroias disse ainda que "houve cedências de ambas as partes", mas assegurou que os tripulantes não vão abdicar das suas reivindicações no âmbito da negociação sobre o Acordo de Empresa.
"Houve três assembleias gerais contra a proposta, esta foi melhorada mas não houve unanimidade", frisou, assumindo que o fim dos contratos precários será "uma bandeira" dos tripulantes no quadro das negociações.
Ricardo Penarroias recordou ainda a "narrativa da empresa" quanto a lucros e aumento da operação, para frisar que "consequentemente tem de haver a diminuição da rigidez dos acordos de emergência".
Este domingo a comissão executiva da TAP tinha dado nota do "avanço construtivo e muito significativo nas conversas tidas com o SNPVAC nas últimas 24 horas", afirmando esperar "que este derradeiro esforço evite uma greve de sete dias, que implicaria um enorme constrangimento para os nossos clientes, afetando severamente os resultados do corrente ano e com reflexos não só no ritmo da recuperação da empresa, mas também na implementação das medidas económicas transversais já anunciadas".
Na semana passada, a TAP tinha avançado que uma greve dos tripulantes de cabine da TAP durante sete dias iria levar ao cancelamento de 1.316 voos, afetando 156 mil passageiros.
A paralisação, disse ainda a comppanhia, representaria um custo total direto estimado de 48 milhões de euros (29,3 milhões em receitas perdidas e 18,7 milhões em indemnizações aos passageiros), além de perdas de 20 milhões adicionais devido ao impacto potencial nas vendas para outros dias e à sub-optimização de outros voos, com passageiros reacomodados.