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TAP cancela voos no fim-de-semana por falta de tripulantes de cabine
A companhia aérea admite que foi forçada a cancelar ou adiar alguns voos ao longo do fim-de-semana por falta de tripulantes.
A companhia aérea portuguesa indica, através de um porta-voz, que foi forçada a adiar e cancelar alguns voos ao longo do fim-de-semana passado por falta de tripulantes. Em declarações citadas pela Bloomberg, fonte oficial da TAP menciona um número "significativo" de voos afetados por esta situação.
De acordo com um porta-voz da companhia área, as faltas de tripulantes estiveram 20% acima da média habitual ao longo do último fim-de-semana. Esta informação chega após o jornal Público ter avançado, esta segunda-feira, que a TAP havia sido confrontada com um "aumento expressivo" das ausências de tripulantes de cabine no passado fim-de-semana.
Citando uma comunicação interna enviada aos tripulantes de cabine, assinada por Ramiro Sequeira, responsável de operações e que desempenhou funções como CEO interino, a TAP fala em "ausências comunicadas em períodos inferiores a 24 horas" e num "aumento expressivo e acima da média de baixas de curta duração e ausências".
"Estamos bem dimensionados para voar, acima das projeções", diz a TAP nesta comunicação citada pelo Público, referindo que o planeamento de novembro "foi publicado sem posições em aberto e com a regular programação de assistências, em cada frota/função, face à operação programada". "Em pleno período de retoma gradual da indústria e de transformação organizacional, este é um assunto que nos deve preocupar a todos, pelo que é necessário que todos tomem consciência, assumam a sua parte da responsabilidade e que façam parte da solução", frisou Ramiro Sequeira na mensagem enviada aos trabalhadores.
Esta mensagem da administração surge num momento em que existe a TAP e o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil têm uma divergência devido às horas de trabalho e da remuneração, um diferendo que tem sido mediado pela Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).
Na última reunião, que decorreu na semana passada, o sindicato afirmou que "caso a TAP não reveja a sua posição até ao termo do processo de conciliação na DGERT", a direção do sindicado ficou mandatada para "promover tudo aquilo que entenda necessário e adequado à salvaguarda dos interesses dos seus associados nesta matéria, desencadeando todas as diligências e adotando todas as medidas consideradas oportunas à defesa desses mesmos interesses, incluindo todas as formas de luta legalmente admissíveis."