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TAP assina contrato com XFly a partir de novembro

A companhia gerida por Christine Ourmières-Widener assina contrato com uma transportadora estatal da Estónia para operar, até 31 de dezembro, dois aviões ATR, substituindo, assim, a White Airways.

DR
20 de Outubro de 2022 às 21:44
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A TAP assinou contrato com a companhia estatal da Estónia, a XFly, com efeitos a partir de 1 de novembro, para substituir o vínculo com a White Airways.

A companhia antes conhecida como Regional Jet, que fazia parte do grupo Nordica, vai operar, até 31 de dezembro, dois ATR (aviões bimotores de porte médio) , havendo a possibilidade de somar à operação outro avião, revelou ao Negócios Rodrigo Simões, delegado sindical do Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil (SPAC) na White. O contrato com a XFly – que vai operar aeronaves até agora atribuídas à White – será concretizado através do regime de ACMI (aluguer de aviões, incluindo pilotos, tripulação e manutenção).

Em comunicado, a TAP revelou que o contrato com a White Airways termina a 31 de outubro e que lançou um concurso internacional para escolher uma nova companhia que opere os ATR, “a fim de otimizar a frota a operar ao seu serviço, aumentar a fiabilidade e reduzir os custos”. Segundo a transportadora gerida por Christine Ourmières-Widener, “das cinco propostas recebidas, a melhor oferta para operar dois ATR está a ser negociada”, sendo que ao Negócios o SPAC garante que o contrato com a XFly já foi fechado.

A troca de companhias é acompanhada pela decisão da TAP de substituir a frota de ATR por Embraer. A White operava seis aeronaves bimotoras e, agora, passam a estar incluídas duas na frota. “De futuro, a TAP apenas necessitará de dois ATR, uma vez que vai contar com seis E-jets (Embraer) adicionais na Portugália [TAP Express], dois dos quais já iniciaram as operações em setembro deste ano, enquanto os quatro restantes serão faseados até janeiro de 2023”.

Os Embraer da TAP Express vão ser operados pela Eastern Airways e pela Bulgaria Air, que já viram o seu contrato prolongado até ao final deste mês, tal como revelou o Negócios. No entanto, Rodrigo Simões diz que os contratos com estas duas companhias vão ser prolongados até janeiro de 2023, quando a totalidade dos seis Embraer ficará operacional.

Troca de acusações

A TAP justifica o fim do contrato com a White dizendo que “tem sido um desafio constante” manter a operação “com múltiplos aviões ATR a ficarem em terra por avaria e a registarem uma regularidade operacional decrescente”. Segundo os números da TAP, “a White Airways teve uma média mensal de dez eventos AOG (Aircraft on Ground) [impedidos de voar] devido a razões técnicas”. E, entre novembro de 2021 e setembro de 2022, as “razões técnicas resultaram num agregado de 342 voos cancelados, com uma média de 31 voos cancelados por mês. Só em setembro de 2022, a White teve 84 voos cancelados por razões técnicas”.

No entanto, tanto o SPAC como a White garantem que a “responsabilidade da manutenção dos aviões é da TAP Express” e, em comunicado interno, a que o Negócios teve acesso, a companhia de “charters” assegura que “avisou atempadamente da deficiente resposta da manutenção da Portugália e dos impactos negativos que estava a provocar na regularidade da operação”. Por isso, a White Airways acusa a TAP de “favorecer outra empresa”, recorrendo a “argumentos falaciosos”.

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