O presidente executivo da TAP, Antonoaldo Neves, disse esta quinta-feira na apresentação de resultados que a suspensão por 90 dias dos voos para a Venezuela representa prejuízos de 10 milhões de euros para a companhia "Quem vai pagar essa conta?", questionou o CEO lembrando que a transportadora operava dois voos semanais para aquele país.

 

Antonoaldo Neves reconheceu que a situação tem repercussão negativa para a marca TAP e para o país. Afirmou ainda que a companhia vai cumprir o determinado pelo regulador mas salientou que agora é o momento de proteger os passageiros.

 

A situação gerada pela suspensão da operação na Venezuela foi uma das razões para o responsável admitir que "assim o objetivo do lucro fica difícil".

 

Esta segunda-feira, o ministro dos Transportes da Venezuela, Hipólito Abreu, anunciou que os voos da TAP para o país foram suspensos por um prazo de 90 dias. Na origem da decisão esteve o voo de regresso de Juan Guaidó, na semana passada, que culminou na detenção do seu tio, por alegadamente trazer explosivos a bordo. 

O Governo de Caracas acusou a TAP de ter violado os "padrões internacionais" por ter permitido o transporte de material explosivo num dos seus voos e por ter ocultado o nome de Juan Guaidó no voo de regresso a Caracas.