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Venezuela suspende voos da TAP durante 90 dias

O ministro dos Transportes da Venezuela suspendeu os voos da transportadora aérea por três meses por considerar que violou as normas de segurança no voo de regresso de Juan Guaidó.

Miguel Baltazar
17 de Fevereiro de 2020 às 18:10
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O ministro dos Transportes da Venezuela, Hipólito Abreu, anunciou esta segunda-feira que os voos da TAP para o país foram suspensos por um prazo de 90 dias, na sequência do voo de regresso de Juan Guaidó, na semana passada, que culminou na detenção do seu tio, por alegadamente trazer explosivos a bordo. 

O Governo de Caracas acusou a TAP de ter violado os "padrões internacionais" por ter permitido o transporte de material explosivo num dos seus voos e por ter ocultado o nome de Juan Guaidó no voo de regresso a Caracas. 

No seu Twitter, Hipólito Abreu escreveu que "de
vido às graves irregularidades cometidas no voo e em conformidade com os regulamentos nacionais da aviação civil" os voos da companhia aérea portuguesa estarão suspensas por cerca de três meses, por "precaução".


Apesar das acusações do governo venezuelano, Juan Guaidó nega que tenha ocultado o seu nome do voo e que o seu tio tivesse transportado explosivos num avião pilotado pela TAP. Na altura, o autoproclamado presidente do país disse ser "impossível embarcar com material explosivo numa companhia (aérea) comercial, não só a TAP mas europeia".

Juan Guaidó, aterrou em Caracas na semana passada, depois de uma viagem por vários países como Reino Unido, Suíça, Espanha, Canadá, França e Estados Unidos. À chegada ao aeroporto as autoridades do país prenderam Juan José Márquez, o seu tio, por alegadamente possuir material explosivo e coletes à prova de bala.

A suspensão significa que os venezuelanos terão ainda mais dificuldade em viajar para o estrangeiro, numa altura em que grande parte das operadoras da América Latina já cancelou os voos para o país.

Na semana passada, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, negou que se tivessem transportados explosivos num voo da TAP e disse que seria uma "tentativa de intimidação" por parte do Governo da Venezuela. 

O ministro disse que a posição de Portugal sobre a situação na Venezuela ia de encontro à da União Europeia e referiu que "que a gravíssima crise que se vive na Venezuela não se resolve com intimidações, com detenções arbitrárias".

(Notícia atualizada às 19:09)
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