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Venezuela suspende voos da TAP durante 90 dias
O ministro dos Transportes da Venezuela suspendeu os voos da transportadora aérea por três meses por considerar que violou as normas de segurança no voo de regresso de Juan Guaidó.
O Governo de Caracas acusou a TAP de ter violado os "padrões internacionais" por ter permitido o transporte de material explosivo num dos seus voos e por ter ocultado o nome de Juan Guaidó no voo de regresso a Caracas.
Debido a las graves irregularidades cometidas en el vuelo TP173 y en apego a la normativa aeronáutica civil nacional, se suspende por 90 días las operaciones de la línea aérea TAP hacia nuestro territorio, como medida cautelar en resguardo de la seguridad operacional de Venezuela
— Hipólito Abreu (@tupamarohipolit) February 17, 2020
Apesar das acusações do governo venezuelano, Juan Guaidó nega que tenha ocultado o seu nome do voo e que o seu tio tivesse transportado explosivos num avião pilotado pela TAP. Na altura, o autoproclamado presidente do país disse ser "impossível embarcar com material explosivo numa companhia (aérea) comercial, não só a TAP mas europeia".
Juan Guaidó, aterrou em Caracas na semana passada, depois de uma viagem por vários países como Reino Unido, Suíça, Espanha, Canadá, França e Estados Unidos. À chegada ao aeroporto as autoridades do país prenderam Juan José Márquez, o seu tio, por alegadamente possuir material explosivo e coletes à prova de bala.
A suspensão significa que os venezuelanos terão ainda mais dificuldade em viajar para o estrangeiro, numa altura em que grande parte das operadoras da América Latina já cancelou os voos para o país.
Na semana passada, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, negou que se tivessem transportados explosivos num voo da TAP e disse que seria uma "tentativa de intimidação" por parte do Governo da Venezuela.
O ministro disse que a posição de Portugal sobre a situação na Venezuela ia de encontro à da União Europeia e referiu que "que a gravíssima crise que se vive na Venezuela não se resolve com intimidações, com detenções arbitrárias".
(Notícia atualizada às 19:09)