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Rangel exige que chefe da diplomacia da UE atue no diferendo TAP-Venezuela

O eurodeputado social-democrata Paulo Rangel considera "inaceitável" que o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrel, "não se tenha ainda pronunciado" acerca da suspensão dos voos da TAP para a Venezuela.

Pedro Ferreira
19 de Fevereiro de 2020 às 19:56
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Paulo Rangel exige que Josep Borrel se pronuncie sobre o diferendo entre a Venezuela e a TAP e considera "inaceitável" que o espanhol ainda não o tenha feito.

Num comunicado enviado às redações pelo gabinete dos eurodeputados do PSD é referido que o também vice-presidente do PPE fez essa exigência esta quarta-feira, 19 de fevereiro, durante uma reunião da Comissão dos Assuntos Externos do Parlamento Europeu.

Rangel considera "inaceitável que o Alto Representante [da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança] não se tenha ainda pronunciado", considerando inadmissível que Bruxelas não adote uma posição oficial sobre a situação.

Por outro lado, o eurodeputado não compreende o porquê de o próprio Governo português não ter tomado a iniciativa de pedir o apoio da UE. Rangel considera a inação de Borrel e da União graves na medida em que existe o risco de o regime liderado por Nicolás Maduro retaliar sobre a comunidade de portugueses e lusodescendentes que residem na Venezuela.

Numa segunda intervenção, Rangel exigiu ainda que a UE condene formalmente a suspensão dos voos da TAP para a Venezuela decretada por Caracas, exigência que será reportada a Josep Borrel pela representante do Serviço Europeu de Ação Externa, Véronica Lorenzo, a qual não deu garantias de que venha a ser adotada uma posição sobre a matéria.

Na passada segunda-feira, o ministro venezuelano dos Transportes anunciou a suspensão, por um período de 90 dias, de todos os voos da transportadora aérea portuguesa para a Venezuela, justificando a decisão com uma alegada violação das normas de segurança no voo de regresso de opositor de Maduro, Juan Guaidó.

No mesmo dia, a TAP reagiu dizendo não compreender a suspensão. Seguiram-se as condenações feitas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e pelo Presidente da República, com Santos Silva a falar numa decisão "inamistosa" que é "completamente infundamentada e injustificada" e Marcelo Rebelo de Sousa a considerar "inadmissível".

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