Notícia
Siza Vieira diz que salários na TAP são superiores aos das congéneres europeias
O ministro da Economia afirmou hoje que as remunerações pagas a "muitos" dos trabalhadores da TAP são superiores às suportadas por congéneres europeias e que "é preciso um esforço muito significativo" para assegurar a viabilidade futura da companhia aérea.
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09 de Dezembro de 2020 às 17:08
O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, falava aos jornalistas no final de uma reunião da Concertação Social, tendo sido questionado sobre o plano de reestruturação da TAP, que prevê o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine e 750 trabalhadores de terra, assim como a redução em 25% da massa salarial do grupo.
"No caso da TAP, acresce também que os encargos salariais que [a TAP] tem, em comparação, e as remunerações que são pagas a muitos dos seus trabalhadores, em comparação com as suas congéneres europeias, são também superiores àquelas que as suas concorrentes e congéneres suportam", disse o governante.
"Portante, é preciso fazer um esforço muito significativo para assegurar que a TAP não se mantém [só] em 2021, ou 2022, mas tem a possibilidade de se aguentar mais tarde", acrescentou.
De acordo com o ministro da Economia, o que está em causa é a criação de condições para que a TAP possa "sobreviver a longo prazo" e, para isso, é preciso fazer "um ajustamento de dimensão".
"A decisão que o Conselho de Ministros tomou ontem [terça-feira] foi a de assegurar que há um plano que permite manter a TAP como uma empresa com viabilidade futura", frisou.
Siza Vieira lembrou, ainda, que a "injeção de dinheiros públicos", autorizada pela Comissão Europeia, tem como condição, imposta por Bruxelas, a demonstração de que a TAP tem viabilidade a longo prazo.
"Todas as companhias aéreas têm de fazer este esforço [de reestruturação], porque, pura e simplesmente, neste momento, não há passageiros", apontou o governante, dando o exemplo da transportadora aérea alemã Lufthansa, que, disse, vai aplicar cortes de 45% nos salários dos pilotos, bem como reduzir a frota e os postos de trabalho.
O número dois do Governo sublinhou a importância que a transportadora aérea tem na economia nacional, enquanto grande exportadora, mas também como compradora a várias empresas portuguesas, justificando-se, assim, a intervenção em seu auxílio.
O Governo esteve reunido em Conselho de Ministros extraordinário na noite de terça-feira, para apreciar o plano de reestruturação da TAP, disse à agência Lusa fonte do executivo, que será entregue a Bruxelas na quinta-feira.
A apresentação do plano de reestruturação da TAP à Comissão Europeia é exigida pela concessão de um empréstimo do Estado de até 1.200 milhões de euros, para fazer face às dificuldades da companhia, decorrentes do impacto da pandemia de covid-19 no setor da aviação.
O plano prevê o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine e 750 trabalhadores de terra, a redução de 25% da massa salarial do grupo e do número de aviões que compõem a frota da companhia, divulgaram os sindicatos.
O Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil (SPAC) e o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) apelaram ao Governo que negoceie com Bruxelas o adiamento da apresentação do plano de reestruturação da TAP, denunciando que este está baseado em previsões de mercado "completamente desatualizadas".
O grupo parlamentar do PSD informou segunda-feira que foi informado pelo Governo da intenção do executivo de levar o plano de reestruturação da TAP a debate na Assembleia da República.
"No caso da TAP, acresce também que os encargos salariais que [a TAP] tem, em comparação, e as remunerações que são pagas a muitos dos seus trabalhadores, em comparação com as suas congéneres europeias, são também superiores àquelas que as suas concorrentes e congéneres suportam", disse o governante.
De acordo com o ministro da Economia, o que está em causa é a criação de condições para que a TAP possa "sobreviver a longo prazo" e, para isso, é preciso fazer "um ajustamento de dimensão".
"A decisão que o Conselho de Ministros tomou ontem [terça-feira] foi a de assegurar que há um plano que permite manter a TAP como uma empresa com viabilidade futura", frisou.
Siza Vieira lembrou, ainda, que a "injeção de dinheiros públicos", autorizada pela Comissão Europeia, tem como condição, imposta por Bruxelas, a demonstração de que a TAP tem viabilidade a longo prazo.
"Todas as companhias aéreas têm de fazer este esforço [de reestruturação], porque, pura e simplesmente, neste momento, não há passageiros", apontou o governante, dando o exemplo da transportadora aérea alemã Lufthansa, que, disse, vai aplicar cortes de 45% nos salários dos pilotos, bem como reduzir a frota e os postos de trabalho.
O número dois do Governo sublinhou a importância que a transportadora aérea tem na economia nacional, enquanto grande exportadora, mas também como compradora a várias empresas portuguesas, justificando-se, assim, a intervenção em seu auxílio.
O Governo esteve reunido em Conselho de Ministros extraordinário na noite de terça-feira, para apreciar o plano de reestruturação da TAP, disse à agência Lusa fonte do executivo, que será entregue a Bruxelas na quinta-feira.
A apresentação do plano de reestruturação da TAP à Comissão Europeia é exigida pela concessão de um empréstimo do Estado de até 1.200 milhões de euros, para fazer face às dificuldades da companhia, decorrentes do impacto da pandemia de covid-19 no setor da aviação.
O plano prevê o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine e 750 trabalhadores de terra, a redução de 25% da massa salarial do grupo e do número de aviões que compõem a frota da companhia, divulgaram os sindicatos.
O Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil (SPAC) e o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) apelaram ao Governo que negoceie com Bruxelas o adiamento da apresentação do plano de reestruturação da TAP, denunciando que este está baseado em previsões de mercado "completamente desatualizadas".
O grupo parlamentar do PSD informou segunda-feira que foi informado pelo Governo da intenção do executivo de levar o plano de reestruturação da TAP a debate na Assembleia da República.