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Ryanair prevê queda dos preços dos bilhetes e da taxa de ocupação com saída de plataformas online

As plataformas online de compra de voos riscaram a Ryanair do seu leque de ofertas, o que deverá levar a uma quebra de até 2% da taxa de ocupação em dezembro e janeiro e um alívio dos preços dos bilhetes. As ações terminaram a sessão a perder quase 5%.

Michael O’Leary, CEO da Ryanair, anunciou que vão reduzir aviões e tráfego em Portugal.
Evelyn Hockstein/Reuters
03 de Janeiro de 2024 às 19:44
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As plataformas online de compra de voos riscaram a Ryanair do seu leque de ofertas, colocando assim fim a uma longa disputa entre os agentes de viagens e a companhia aérea "low-cost". A medida vai custar à empresa liderada por Michael O’Leary uma queda do preço dos bilhetes e da taxa de ocupação a curtíssimo prazo, levando as ações a tombar quase 5%.

Os agregadores como são exemplo o Booking.com, Kayak e Kiwi deixaram em dezembro de vender os voos da Ryanair, informou a própria companhia irlandesa num comunicado publicado esta quarta-feira.

A Ryanair prevê que esta decisão leve a uma redução da taxa de ocupação, ou seja a proporção de assentos ocupados num avião, de 2% em dezembro e janeiro.

Em dezembro, a taxa de ocupação da empresa foi de 91%, abaixo dos 92% contabilizados em dezembro de 2022.

Além disso, a empresa liderada por Michael O’Leary antecipa que esta decisão leve a um alívio dos preços para os voos operados pela companhia, à medida que são reduzidas as tarifas para incentivar os passageiros a reservar diretamente os voos através da companhia aérea.

Ainda assim, a companhia "low-cost" garante que este facto "não afetará materialmente" o volume de negócios ou o "guidance" dos lucros depois de impostos para o acumulado do ano.

Os investidores reagiram de forma negativa a este comunicado da Ryanair, tendo as ações da companhia aérea desvalorizado 4,92% para 18,185 euros.

Esta medida dos agregadores turísticos ocorre na sequência de uma longa disputa, em que os agentes de viagens acusam a Ryanair de monopolizar o mercado.

Já a companhia "low-cost" defende que as agências de viagens cobram demasiado pelos voos, tendo mesmo apelado a que os clientes reservassem os voos diretamente no site da empresa cotada em Dublin, na Irlanda.

As duas partes estiveram mesmo frente a frente em processos judiciais. A título de exemplo, em 2021, a On The Beach Group intentou uma ação contra a Ryanair, alegando a violação das regras que regem a concorrência.

Em outubro do ano passado, a companhia irlandesa foi condenada a pagar uma multa de mais de dois milhões de libras, o equivalente a 2,32 milhões de euros à taxa de câmbio atual.




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