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Privatização da TAP? "Temos de estar preparados para tudo, pode não acontecer"

O CEO da TAP destaca que o tema da privatização cabe ao acionista Estado. Enquanto líder da empresa, o objetivo é trabalhar sem pensar na eventual venda. Quanto a novas oportunidades comerciais, destaca oportunidades nos aeroportos do Porto e Faro, por exemplo.

Miguel A. Lopes / Lusa
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O presidente executivo da TAP afirmou que a empresa tem de estar preparada para todos os cenários e que a privatização não tem condicionado o seu trabalho. Até porque, "ela pode não acontecer por algum motivo", dando como exemplo a eventualidade do "mercado  poder alterar-se radicalmente e não haver condições" para avançar com a venda. "Nós temos de estar preparados para viver com ou sem privatização", sublinhou Luís Rodrigues na VII Cimeira do Turismo Português que está a decorrer em Mafra no âmbito do Dia Mundial do Turismo.

O gestor voltou a sublinhar que este tema não condiciona as decisões no dia a dia. Aliás, "internamente dizemos mesmo às pessoas: vamos esquecer que este tema existe", referiu.

Para Luís Rodrigues o mais importante é assegurar que têm "uma operação mais ágil, mais leve do ponto de vista administrativo e  mais resiliente capaz de se adaptar ao que vem aí". "Quem vier vai dizer: deixa estar, continuem a fazer o vosso trabalho", apontou.

Quanto a oportunidades de crescimento, o CEO da TAP referiu que o mercado na Portela, que está a operar na capacidade máxima, "é o que é". Mas lembra que ainda há oportunidades marginais de crescimento nos outros aeroportos nacionais, nomeadamente no Porto, Faro, Açores e Madeira.

Luís Rodrigues aponto ainda as metas de combustível sustentável (SAF na sigla em ingês) como um dos principais desafios do setor. E alerta que  estão numa corrida contra o tempo, principalmente tendo em conta que não há quantidade de SAF suficiente no mercado para atingir metas europeias. Uma posição partilhada pelo "chairman" da ANA - Aeroportos.

"Não se pode exigir que as companhias aéreas mudem para combustíveis limpos, quando estes não existem ou custam três vezes mais, pois uma tonelada de "fuel" custa 1000 euros, e uma tonelada de SAF custa 3000", apontou José Luis Arnaut. 

De acordo com as novas regras europeias, as companhias aéreas têm de ter 2% do combustível sustentável até 2025, uma meta que vai subindo gradualmente até aos 70% em 2050.


(Notícia atualizada às 14h34)
 

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