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ANA está a trabalhar para cumprir "escrupulosamente" calendário para novo aeroporto

O "chairman" da ANA, José Luís Arnaut, considera que o valor da taxa de carbono devia ser aplicado no setor e não direcionado para o "saco azul" do fundo ambiental. E não tem dúvidas que "não há sistema de aviação sem TAP".

Miguel A. Lopes / Lusa
27 de Setembro de 2024 às 13:52
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O presidente do conselho de administração (chairman) da ANA - Aeroportos garante que estão a trabalhar para cumprir o calendário das obras para a expansão da Portela, bem como da candidatura para a construção do novo aeroporto em Alcochete. E assegura que estão a trabalhar com o Governo e as entidades necessárias para atingir esse objetivo."Estamos todos empenhados em resolver [o problema do reforço da capacidade aeroportuária]no mais curto espaço de tempo", disse José Luís Arnaut, na VII Cimeira do Turismo Português que está a decorrer em Mafra no âmbito do Dia Mundial do Turismo. 

O responsável lembra que a Portela está a chegar a "um teto do crescimento" e que as obras que vão arrancar em breve permitem algumas hipóteses de reforço. E reforça que a ANA vai cumprir "escrupulosamente" as etapas definidas pelo Governo para a apresentação da candidatura à construção do novo aeroporto. Até porque "também é do nosso interesse", comentou.

Em maio, quando o Governo anunciou o Campo de Tiro de Alcochete para localização da nova infraestrutura, foi definido que faria o pedido de preparação de candidatura à ANA no prazo de 30 dias e, depois, a gestora dos aeroportos teria seis meses para elaborar um relatório inicial, que deverá ser entregue até meados de novembro

Durante o painel dedicado aos desafios da aviação, o "chairman" da gestora dos aeroportos nacionais aproveitou ainda para criticar as verbas arrecadadas pela cobrança da taxa de carbono não serem aplicadas ao setor. 

Lembrando os desafios que o setor terá pela frente com as obrigações de utilização de combustível sustentável (SAF), o qual não há em quantidade suficiente para atingir as metas exigidas, lamentou que os 46 milhões de euros que o Estado recebe da cobrança da taxa de carbono não vá para o setor da aviação. "Esta taxa que vai para o saco azul,  qué o fundo ambiental,  fazia mais sentido que revertesse para o setor", defendeu José Luís Arnaut.

Instado a comentar a situação da TAP referiu: "Sem TAP não há realidade económica, não há sistema de aviação sem TAP".



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