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Preços na Ryanair podem subir até 10% no verão por causa de atrasos da Boeing

O atraso na entrega de algumas das 57 aeronaves da fabricante norte-americana levou a “low cost” a rever em baixa as estimativas de passageiros para este ano fiscal. O CEO da Ryanair avisa que “vai haver um ambiente de tarifas mais altas em toda a Europa" este verão.

DR
26 de Fevereiro de 2024 às 12:36
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A Ryanair vai aumentar os preços dos bilhetes de avião por causa do atraso na entrega de aviões da norte-americana Boeing.  O aviso foi deixado esta segunda-feira pelo presidente executivo da "low cost", Michael O’Leary, que adiantou que as tarifas podem crescer até 10%. 


Em causa está o atraso da entrega de alguns dos 57 Boeing 737 Max 8200 encomendados pela Ryanair e que deveriam chegar em março, a tempo das operações de verão. A empresa estima que sejam entregues entre 40  a 45 aeronaves até junho, o que irá restringir a capacidade de transporte de passageiros, acrescentou o responsável citado pela imprensa internacional.


Numa conferência realizada na sede da "low cost" em Dublin, Michael O’Leary avançou ainda que esperam vir a receber alguma compensação por este atraso, mas neste momento a empresa está focada em garantir a entrega dos aviões da Boeing, que devido ao incidente no início do ano tem sido escrutinada pelos reguladores, o que está a gerar uma desaceleração na velocidade de produção.


O CEO da Ryanair explicou ainda que devido à poupança com os custos do combustível, vão conseguir mitigar o aumento das tarifas até 10% no máximo, tornando-o, assim, inferior aos 17% observado em 2023. Mas alerta que "vai haver um ambiente de tarifas mais altas em toda a Europa" este verão.


Michael O’Leary lembrou que os problemas do setor não se restringem apenas à Boeing. Outras companhias aéreas também estão a enfrentar algumas restrições de capacidade causadas pela indisponibilidade de aeronaves, acrescentou. Um problema com os motores da Pratt & Whitney, por exemplo, fez com que vários aviões Airbus usados por empresas como a Wizz Air ficassem em terra.


Esta situação levou ainda a Ryanair a rever em baixa as previsões de transporte de passageiros. A empresa estimava 205 milhões até março de 2025, um número que iria comparar com os 183,5 milhões transportados nos 12 meses anteriores. Agora, reviu em baixa para 200 milhões.

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