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Pilotos admitem processar TAP por gestão danosa
O presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) sublinha, em entrevista ao Diário Económico, que não abdicam de uma participação na TAP. E acusam a administração de prejudicar a companhia aérea.
O presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), estrutura que convocou dez dias de greve a partir de 1 de Maio, acusa a administração da TAP de gestão ruinosa. Em entrevista escrita ao Diário Económico, Manuel dos Santos Cardoso afirma que o recurso aos tribunais contra a gestão da companhia aérea é uma "possibilidade".
"O que tem prejudicado gravemente a TAP é a gestão ruinosa desta administração, com a conivência e o beneplácito dos sucessivos governos. Danos superiores a 800 milhões já deveriam ter suscitado uma reacção do accionista ao que se tem passado na última década e o respectivo apuramento de responsabilidades", sublinha.
Os pilotos dizem que a reposição das diuturnidades suspensas e o cumprimento do acordo de 1999, segundo o qual exigem receber uma fatia de 20% da empresa, foram contemplados na negociação de Dezembro. E que a greve "é desconvocada quando o Governo e a TAP decidirem honrar os compromissos que assumiram com os pilotos", avisa, Manuel dos Santos Cardoso.
Sobre o processo de privatização, o presidente do SPAC diz que não houve nem foram pedidas reuniões com os potenciais compradores da TAP, mas sustenta que "Governo e TAP têm de honrar os seus compromissos para que os potenciais compradores saibam, em toda a sua dimensão, as responsabilidades da empresa em que pretendem investir".