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Pilotos repudiam "atitude ameaçadora" da TAP e prometem "usar as medidas que entenderem"

Sindicato garante que vai "fazer ver" à TAP e ao Governo que "os direitos dos trabalhadores são inalienáveis". Reação surge depois da administração ter dito que as concentrações são "um ilícito disciplinar".

A XFly quer contratar pilotos, copilotos, chefes de cabine e assistentes de bordo em Portugal para operar dois aviões para a TAP.
Miguel Baltazar
14 de Janeiro de 2023 às 17:46
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O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) critica o que diz ser uma "atitude ameaçadora" da administração da TAP e assegura que não prescindirá de usar "as medidas que entender" para "fazer ver à TAP e ao Governo que [...] os direitos dos trabalhadores são inalienáveis", repudiando "a tentativa de coação e assédio constantes da referida comunicação".

É a reação ao comunicado emitido pela transportadora nesta sexta-feira, no qual a administração liderada por Christine Ourmieres-Widener afirmou que a concentração de trabalhadores na entrada das instalações da companhia aérea, em Lisboa, para exigir a demissão da administração, "constitui um ilícito disciplinar" e "não mais se deve repetir".

Também em comunicado, a organização sindical escreve que "apesar desta manifestação não ter tido a participação do SPAC, este sindicato não aceita nem compactua com atitudes prepotentes e intimidatórias por parte de quem tem vindo a denegrir o bom nome da nossa companhia e devia estar preocupada, sim, em geri-la melhor".

O sindicato apela à administração da companhia "para que não queira agora enveredar por uma atitude ameaçadora para com quem se encontra já fragilizado". "Não nos obriguem a mudar de rumo", aponta.

Lembrando que "as manifestações são um direito consagrado e não podem ser impedidas", o SPAC acusa a equipa liderada por Christine Ourmiéres-Widener de no passado recente ter proibido a realização de plenários a este sindicato e ainda de ter tentado "impedir, sem sucesso, que os pilotos após uma histórica manifestação se concentrassem em silêncio em frente ao Edifício 25, onde tem os seus gabinetes".

Lembrando a polémica em torno de Alexandra Reis, que saiu da administração com uma indemnização de 500 mil euros, os pilotos escrevem que "a administração parece não ter ainda entendido que não pode continuar a esmagar as condições de trabalho dos funcionários e simultaneamente melhorar e beneficiar outros que, em contornos ainda por esclarecer, saem da empresa com indemnizações, ou outros ainda que se veem compensados por, no momento de ainda alegada situação económica difícil, não lhes terem sido melhoradas algumas regalias".
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