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Novas audições a João Galamba e chefe de gabinete chumbadas
Os requerimentos do Chega para alargar o prazo da comissão parlamentar de inquérito e chamar novamente João Galamba e Eugénia Correia foram rejeitados por maioria.
Os requerimentos apresentados pelo Chega para prolongar por mais três meses a comissão parlamentar de inquérito (CPI) à TAP de modo a ouvir novamente João Galamba e a sua chefe de gabinete, Eugénia Correia, foram rejeitados por maioria. A votação decorreu na primeira parte dos trabalhos desta segunda-feira que tem na agenda a audição a Mário Centeno, na qualidade de ex-ministro das Finanças.
O Chega queria chamar novamente o ministro das Infraestruturas e a chefe de gabinete por defender que houve "várias contradições" nas suas audições.
Ambos os requerimentos foram chumbados. O documento relativo ao alargamento do prazo teve votos contra do PS, abstenção do PSD e PCP e a favor do Chega e Bloco de Esquerda. A Iniciativa Liberal não estava presente na votação.
O outro requerimento relativo às novas audições foi chumbado pelo PS e PCP, teve abstenção do PSD e Bloco de Esquerda e votos a favor do Chega. A Iniciativa Liberal não estava presente na votação.
O Chega, segundo o texto dos documentos apresentados, pedia a "prorrogação do prazo temporal dos trabalhos da comissão parlamentar de inquérito à tutela política da gestão da TAP", considerando insuficientes as audições realizadas "para alcançar em plenitude a verdade material dos factos investigados".
"Os esclarecimentos até ao momento apurados não se consideram bastantes para em segurança poderem contribuir para o dirimir das diferenças, senão mesmo contradições transmitidas em muitos casos aos deputados presentes", acrescenta.
Por este motivo, o partido pretende que o presidente da comissão diligencie "no sentido de se proceder à prorrogação do prazo temporal dos trabalhos" por um prazo de três meses.
Em 19 de maio, o plenário da Assembleia da República já tinha aprovado a prorrogação do prazo de funcionamento da comissão parlamentar de inquérito à TAP por 60 dias para conseguir "realizar todas as audições requeridas e acordadas".
A data inicial prevista para a conclusão dos trabalhos era 23 de maio, mas com esta prorrogação aprovada estende-se agora até ao final de julho, estando a votação do relatório final prevista para 13 de julho.
A proposta para avançar com a comissão de inquérito foi feita pelo Bloco de Esquerda e foi aprovada a 3 de fevereiro, com a abstenção do PS e PCP e os votos a favor dos restantes partidos, após ter sido noticiado que Alexandra Reis tinha recebido uma indemnização de 500 mil euros quando saiu da TAP em Fevereiro de 2022.