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Lucros da easyJet caem para 305 milhões de libras
Apesar da subida das receitas e das poupanças (nomeadamente com combustível) os custos da companhia aérea agravaram-se no espaço de um ano, penalizando os lucros. Em Portugal, a capacidade cresceu 14% no ano fiscal de 2017.
A companhia aérea easyJet fechou o ano fiscal de 2017 (terminado a 30 de Setembro) com lucros após impostos de 305 milhões de libras (344 milhões de euros à cotação actual), uma descida de 30,2% em relação ao resultado líquido registado um ano antes, de 437 milhões de libras.
O resultado líquido antes de impostos recuou 17,3% para 408 milhões de libras, penalizados em 101 milhões de libras devido a impactos cambiais adversos e excluindo custos extraordinários, como os da criação da easyJet Europe na Áustria, de forma a garantir as operações da empresa na União Europeia no pós-Brexit.
No mesmo período, segundo as contas divulgadas esta terça-feira, 21 de Novembro, a empresa viu as receitas crescerem 8,1% para 5.047 milhões de libras, enquanto o número de passageiros aumentou 9,7% para 80,2 milhões, melhorando a taxa de ocupação de 91,6% em 2016 para 92,6% este ano.
Os custos, excluindo combustíveis, agravaram-se de 3.061 milhões de libras para 3.577 milhões de libras e os gastos com fuel reduziram-se de 1.114 milhões de libras em 2016 para 1.602 em 2017.
No comunicado, a companhia destaca o "rigoroso controlo de custos" levado a cabo, com poupanças de 85 milhões de libras e diz esperar um crescimento do dividendo a distribuir aos accionistas ao longo do ano fiscal de 2018.
EasyJet aumenta em 14% a capacidade em Portugal
Segundo a nota, a companhia reforçou em 14% a sua capacidade instalada em Portugal, com oito aeronaves baseadas em aeroportos nacionais, nomeadamente em Lisboa e no Porto.
Já para a totalidade da sua operação, a companhia anunciou hoje que espera aumentar a capacidade em cerca de 6% no ano fiscal de 2018, excluindo deste cenário qualquer possível nova capacidade que venha a ser ampliada com a compra de parte das operações da Air Berlin.
Em causa está uma transacção anunciada em Outubro e avaliada em 40 milhões de euros, que permitirá o aluguer de até 25 Airbus A320 e a contratação de mil antigos funcionários da companhia alemã.