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Lay-off da TAP para 90% dos trabalhadores tem início a 2 de abril

Os restantes 10% dos trabalhadores serão alvo de uma redução do período normal de trabalho em 20%. Medidas estarão em vigor por 30 dias, podendo ser estendidas. TAP diz que postos de trabalho estão garantidos por 60 dias

A comissão de trabalhadores da TAP reúne-se hoje com a administração para discutir a proposta de licenças.
Miguel Baltazar
31 de Março de 2020 às 19:08
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A TAP avançou esta terça-feira que devido ao surto da covid-19 avançará com a suspensão temporária da prestação do trabalho para cerca de 90% dos colaboradores e para uma redução do período normal de trabalho, em 20%, para os restantes 10%.

 

Num email enviado aos trabalhadores, a TAP afirma que as condições remuneratórias definidas contemplam o pagamento de 2/3 das remunerações fixas mensais para os colaboradores em suspensão temporária da prestação do trabalho e o pagamento de 80% da remuneração fixa mensal para os colaboradores em redução de horário de trabalho, porque estes continuam a trabalhar para assegurar a retoma.

 

Já os administradores executivos e não executivos propuseram, de forma voluntária, uma redução maior da sua remuneração, no valor de 35%.

"Ao abrigo destas medidas, que impactam todos os colaboradores de forma transversal e o mais justa possível dentro do atual enquadramento, de acordo com a lei e independentemente da função ou cargo, os postos de trabalho estão garantidos, durante 60 dias, no fim do período da suspensão ou redução do horário de trabalho", afirma a companhia, acrescentando que estas medidas entram em vigor a 2 de abril por um período de 30 dias, podendo este período vir a ser estendido.

A administração da TAP explica que no atual contexto de suspensão quase total das suas operações entendeu que, "para melhor defesa da manutenção dos postos de trabalho do seu universo de colaboradores e melhor salvaguarda do futuro da companhia, não poderia deixar de recorrer ao programa disponibilizado pelo Governo Português de apoio à recuperação socioeconómica do País e das empresas". E acrescenta que já formalizou as diligências e passou a ativar os mecanismos disponibilizados pelo Estado português para a implementação dessas medidas.

Na mensagem aos trabalhadores, a companhia afirma ainda que "tudo fará para proteger os empregos, a saúde e a segurança da família TAP e que se mantém totalmente empenhada em assegurar  a recuperação, a sustentabilidade e o futuro da companhia".

A transportadora aérea sublinha que o impacto do surto do novo coronavírus tem-se agravado face às crescentes restrições ao tráfego aéreo já impostas por mais de uma centena de Estados e à muito acentuada quebra na procura, razão por que se vê forçada a parar quase por completo a sua atividade.


Assim já esta quarta -feira, 1 de abril e, pelo menos, até 4 de maio a TAP estima apenas poder operar para a Terceira e Ponta Delgada, nos Açores,  e para o Funchal, na Madeira, suspendendo todas as demais rotas. A companhia acrescenta que procurará garantir pontualmente uma operação extraordinária, focada exclusivamente na missão específica de garantir voos de repatriamento e de transporte de carga humanitária.


(notícia atualizadas às 19:21)

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