A companhia aérea espanhola Iberia está a preparar uma nova redução no número de trabalhadores para depois de 2017, quando termina o programa de corte de efectivos actualmente em curso.

A decisão foi anunciada esta segunda-feira, 14 de Março, pelo presidente do conselho de administração da empresa, Luis Gallego, citado pela Reuters. A administração vai procurar chegar a acordo com os sindicatos para acertar novas reduções, com a saída de funcionários que estejam perto da idade da reforma.

"Ainda temos excesso de pessoas em algumas unidades", reconheceu Gallego em declarações no Clube Europeu de Aviação em Bruxelas, sem no entanto avançar quaisquer números para uma possível redução.

Há dois anos, a IAG (grupo a que pertence a companhia) acertou com os representantes dos trabalhadores o fim de 1.427 postos de trabalho até ao final de 2017, havendo ainda 462 empregos a reduzir durante o actual período de rescisões voluntárias.

Em Fevereiro passado o International Airlines Group (IAG) anunciou lucros de 1.493 milhões de euros em 2015 (mais 51% que em 2014) e receitas de 21.374 milhões de euros.

O lucro operacional da Iberia foi de 247 milhões de euros, face a 197 milhões um ano antes. Os custos com funcionários reduziram-se em 1,4% para os mil milhões de euros. De acordo com a Reuters, no final do ano passado, a empresa fundada em Espanha tinha 16.564 empregados.

A IAG foi criada em 2011 depois da fusão acordada em 2010 entre a Iberia e a British Airways. O grupo funciona como empresa-mãe de quatro companhias aéreas europeias: além da Iberia e da British Airways, também a Aer Lingus (que entrou no grupo no ano passado) e a Vueling.

As acções do IAG somam 0,37% para as 5,43 libras às 16:07.