A Iberia enfrenta a partir desta segunda-feira a segunda semana de greves, com quase 1.300 voos cancelados, enquanto espera que o mediador Gregorio Tudela apresente a sua proposta, segundo noticia o “El País”.

Nos últimos oito dias, Tudela recebeu, em separado, a direcção e os sindicatos para recolher as suas opiniões sobre a situação, e espera-se que emita uma opinião no princípio desta semana, segundo fontes sindicais.

A Iberia apresentou no passado dia 12 de Fevereiro uma proposta de despedimento colectivo de 19% da sua força de trabalho, ou seja, 3.807 funcionários, depois de, em Novembro, as negociações para um plano de reestruturação que previa a redução de 15% da capacidade operacional da empresa terem fracassado.

Willie Walsh, presidente executivo da IAG, o grupo ao qual a Iberia pertence, deixou claro que vai avançar com os despedimentos para tentar rentabilizar a companhia aérea, que no ano passado apresentou um prejuízo superior a 300 milhões de euros.

Os sindicatos responderam a este plano de Walsh com a convocação da maior greve da história da empresa, durante 15 dias, cinco por semana. Entre 4 e 8 de Março a Iberia já cancelou 1.300 voos, dos quais 431 faziam parte da Iberia, 100 da Iberia Express, 316 da Vueling e 434 da Air Nostrum.

A companhia assegurou em comunicado que 38.000 dos 40.000 clientes afectados foram recolocados, o que se traduz numa cobertura de 95% dos passageiros. Os restantes 2.000 passageiros poderão optar por trocar o bilhete ou pedir um reembolso.