O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, disse esta quinta-feira, no final da reunião semanal do Conselho de Ministros, que o conselho de administração da companhia ainda não entregou o plano de ajustamento revisto que lhe foi pedido, estando o governo a aguardar a proposta.

O responsável sublinhou a importância dos resultados que a TAP tem de obter em 2015 já que deles depende uma parte do valor do encaixe do Estado com a privatização da companhia.

A administração da TAP, liderada por Fernando Pinto, que se vai manter à frente da empresa até à conclusão da operação de venda de 61% ao consórcio Gateway, deverá apresentar um plano de ajustamento que terá de passar, em grande medida, pela redução de custos.

O objectivo é conseguir que a TAP chegue ao final de 2015 com um resultado operacional (EBITDA) de cerca de 280 milhões de euros, o triplo do registado em 2014. É que o cumprimento desta meta pode significar para o Estado um encaixe de 140 milhões de euros. Um valor a somar aos 10 milhões que receberá pelas acções da companhia aérea quando fechar o negócio.

Sérgio Monteiro, que se escusou a comentar notícias sobre processos disciplinares que a TAP estará a abrir a trabalhadores que fizeram greve, disse esperar do plenário que esta tarde se realiza na empresa que "não cause grande perturbação na operação da TAP".